O estado de Goiás está prestes a receber reconhecimento oficial como zona livre de febre aftosa sem vacinação por parte da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
A confirmação deve ocorrer durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia dos Delegados Nacionais, entre os dias 25 e 29 de maio, em Paris, França.
Febre aftosa
Representando o estado, participam do evento membros da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), como o diretor de Defesa Agropecuária, Rafael Vieira; a gerente de Sanidade Animal, Denise Toledo; a coordenadora da Unidade Regional Rio Itiquira, Patrícia Marques; além do secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Pedro Leonardo Rezende.
De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, esse reconhecimento fortalece a posição de Goiás no cenário internacional como referência em saúde animal.
“O novo status sanitário é reflexo de um trabalho contínuo e técnico. Esse reconhecimento reforça o compromisso de Goiás com a sanidade do seu rebanho. Mantemos um sistema robusto de monitoramento e vigilância, com foco na prevenção. Nossa prioridade agora é garantir a sustentabilidade desse status e continuar avançando na abertura de mercados”, destacou
Para alcançar esse novo patamar, o estado teve que atender integralmente às diretrizes estabelecidas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE/PNEFA), coordenado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). A conquista nacional já havia sido oficializada em março de 2024, por meio da Portaria nº 665 do Mapa.
Rafael Vieira explica que a última etapa de vacinação ocorreu em novembro de 2022. Desde então, o estado intensificou ações de vigilância, investiu na capacitação de técnicos, expandiu a estrutura laboratorial e modernizou a rede de proteção sanitária
Impacto econômico e abertura de mercados
Com o novo status, além da eliminação dos custos com vacinação, Goiás passa a ter acesso facilitado a mercados de alto valor agregado, como o Japão e países da União Europeia. Essa abertura aumenta a competitividade dos produtos locais e valoriza ainda mais o agronegócio goiano.
Em fevereiro deste ano, a Comissão Científica da OMSA aprovou o pedido do Brasil para o reconhecimento internacional das zonas livres sem vacinação. A confirmação oficial será feita na Assembleia Geral da entidade, em Paris.
Apesar da conquista, a vigilância segue sendo prioridade. O registro recente de surtos de febre aftosa em países como Alemanha, Hungria e Eslováquia reforça a necessidade de manter ações preventivas e um controle sanitário rigoroso para garantir a segurança do rebanho e a confiança do mercado internacional.