A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) mantém atenção redobrada e intensifica ações de vigilância em Goiás diante do risco de disseminação da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).
A medida ocorre após a confirmação de um caso da doença em ave silvestre no Zoológico de Brasília, conforme informado pelo Governo do Distrito Federal no dia 3 de junho de 2025, além de registros em Minas Gerais e em uma granja comercial localizada em Montenegro (RS).
Influenza aviária

Até o momento, não há ocorrências da doença no Estado, e Goiás segue reconhecido como área livre de IAAP. Como parte da estratégia preventiva, a Agrodefesa publicou o Decreto Estadual nº 10.693/2025, que declarou estado de emergência zoossanitária com caráter preventivo, permitindo maior agilidade na adoção de medidas de resposta.
No dia 4 de junho, a entidade divulgou a Nota Técnica nº 1/2025, direcionada a produtores rurais, profissionais responsáveis por granjas, população e instituições parceiras, com orientações voltadas ao reforço da biosseguridade, monitoramento e comunicação imediata de qualquer suspeita.
Entre as principais ações estão o reforço na fiscalização do transporte de aves e derivados oriundos de áreas com foco da doença; monitoramento mais intenso em locais com criação de aves silvestres e pontos de concentração, como represas e zoológicos; e controle sanitário em eventos com aves.
Também estão sendo realizadas capacitações de equipes técnicas e ações educativas voltadas à identificação precoce de sinais clínicos e à importância da notificação.
Recomendações para produtores
As granjas avícolas devem seguir protocolos rigorosos de biosseguridade, incluindo controle de acesso, instalação de barreiras sanitárias (como pedilúvios e rodolúvios), uso de telas e cercas, eliminação de fontes de atração para aves silvestres, controle de pragas e manutenção regular dos registros da granja. O monitoramento diário dos plantéis também é essencial.
No caso de criações domésticas ou de subsistência, é fundamental impedir o contato entre aves criadas e animais silvestres, utilizando instalações teladas e fornecendo água e alimento exclusivamente dentro dos abrigos. Produtores devem ficar atentos a possíveis sintomas e comunicar qualquer suspeita à Agrodefesa.
Profissionais responsáveis por granjas devem supervisionar a aplicação das medidas de biosseguridade, garantir a limpeza e desinfecção das instalações, monitorar o estado de saúde das aves, orientar os colaboradores e acionar a Agrodefesa diante de qualquer sinal sugestivo de IAAP.
Medidas para a população

A colaboração da sociedade é essencial. Qualquer pessoa que observe aves com comportamento anormal, como dificuldades respiratórias, alterações neurológicas, ou coloração azulada em crista e pernas, deve comunicar o caso à Agrodefesa. Em se tratando de aves silvestres, a notificação pode ser feita diretamente ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
É importante destacar que aves doentes ou mortas não devem ser tocadas ou removidas. Pessoas que atuam em granjas e apresentarem sintomas gripais após contato com aves devem procurar atendimento em unidades de saúde.