Nesta terça-feira (14/03), a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) anunciou novas medidas sanitárias de prevenção à gripe aviária em Goiás. Como resultado, foi suspensa a participação de qualquer espécie de aves em eventos agropecuários, assim como aglomerações, encontros, torneios e exposições de passeriformes nativos ou exóticos. Além disso, todos os eventos agropecuários registrados no Sistema de Defesa Agropecuária (Sidago) foram cancelados.
Isso significa que a proibição de criação e participação em eventos de aves também se estende a aves ornamentais, galinhas de raça pura, outras espécies, incluindo aves de corte e postura comercial, bem como aves silvestres em cativeiro. As normas passam a valer a partir desta quinta-feira (16).
Durante uma recente reunião na Agrodefesa, que contou com a presença dos integrantes do Comitê Estadual de Sanidade Avícola (Coesa), os termos da normativa foram debatidos e ajustados. Dessa forma, ficou proibido o retorno de aves que participaram de eventos agropecuários em outras unidades da federação para o Estado de Goiás.
É importante ressaltar que a suspensão tem validade mínima de 90 dias e pode ser prorrogada sem aviso prévio, dependendo das condições epidemiológicas relacionadas ao risco da gripe aviária.
Cadeia produtiva deve redobrar cuidados para prevenir avícolas goianas da gripe aviário
De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Essado, o Governo de Goiás está cumprindo sua parte ao executar todas as medidas sanitárias de prevenção por meio do Serviço Veterinário Oficial.
Além disso, Essado pede que todos os membros da cadeia produtiva redobrem os cuidados necessários para garantir a sanidade do plantel avícola em Goiás.
A Agrodefesa já adotou várias ações para enfrentar a situação atual, como a intensificação da fiscalização do trânsito das aves, tanto intra como interestadual, e nas granjas avícolas.
Também foram realizadas reuniões presenciais com todas as empresas integradoras para discutir um eventual plano de contingência, levantamentos soroepidemiológicos em aves de granjas comerciais para monitoramento e capacitação presencial e on-line de fiscais agropecuários médicos veterinários para técnicas de necropsia, alertas sanitários e plano de contingência.
Além disso, para evitar a entrada de outras doenças nas granjas, os produtores devem estar atentos, também, às telas de proteção com a medida de 1 polegada, já que são barreiras eficazes contra a entrada de aves de vida livre, que podem transmitir a influenza aviária.
A gripe aviária
A influenza aviária, também conhecida como gripe do frango, é uma doença considerada de alto risco para as aves, uma vez que não há cura disponível.
Vale destacar que a gripe aviária é uma doença de notificação obrigatória para os órgãos oficiais de controle de saúde animal no Brasil e em outros países.
A presença da doença nos plantéis impõe uma barreira sanitária para a comercialização de produtos avícolas no mercado interno e externo, o que pode resultar em prejuízos econômicos significativos para a avicultura comercial e para a economia em geral.