A Síndrome do Segundo Parto (SPP) é uma condição que afeta fêmeas suínas durante o processo de parto ou imediatamente após o nascimento dos leitões.
A SSP é a causa da redução do número de leitões nascidos no segundo parto, quando comparado ao primeiro. Ela afeta negativamente o desempenho das fêmeas, ocasionando queda na produtividade e maior descarte de matrizes.
Os principais sintomas da síndrome incluem atraso no progresso do parto, dificuldade na expulsão dos leitões, maior mortalidade dos leitões durante o parto e diminuição da capacidade da porca de cuidar dos filhotes após o nascimento.
As causas podem ser diversas, incluindo fatores genéticos, nutricionais, ambientais e de manejo, como estresse físico ou psicológico durante a gestação e o parto, falta de condições adequadas de alojamento e manejo inadequado das fêmeas durante o período pré-parto e parto.
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Síndrome do Segundo Parto em fêmeas suínas
De acordo com a zootecnista da Auster Nutrição Animal, Joice Silva, a condição corporal da fêmea é o fator que mais influencia a ocorrência da SSP.
“É fundamental que as fêmeas, principalmente as leitoas, mantenham peso e condição corporal mais próximos do adequado/ideal desde o momento da cobertura até o parto, de modo a enfrentar de maneira positiva o desafio da primeira lactação, sem que haja prejuízos para as gestações subsequentes”, explica.
O processo de catabolismo lactacional em fêmeas de primeiro parto pode ser, muitas vezes, inevitável, pois as fêmeas são mais suscetíveis aos efeitos adversos causados pela alta demanda metabólica durante esse período.
Ao contrário das matrizes, as fêmeas de primeiro parto ainda estão em fase de desenvolvimento corporal, o que significa que uma parte significativa dos nutrientes consumidos é direcionada para sustentar seu próprio crescimento.
Durante o período de lactação, é comum que o consumo alimentar não seja suficiente para suprir todas as necessidades da fêmea, levando à mobilização de reservas corporais de gordura e proteína, resultando consequentemente em perda de peso. Por isso, é de extrema importância cuidar da alimentação das fêmeas para garantir resultados zootécnicos satisfatórios.
“Lactações reduzidas podem comprometer o desempenho reprodutivo subsequente, pois a involução uterina é necessária para a completa regeneração do endométrio – já que esse é um fator influente na redução da mortalidade embrionária para a próxima gestação”, destaca a zootecnista.
Silva ainda ressalta que compreender os fatos ligados à síndrome, assim como intensificar as práticas de cuidados e manejo, conciliando com uma boa nutrição no primeiro parto, é uma estratégia assertiva para garantir a eficiência do plantel reprodutivo.