Popularmente conhecida como aguamento, a laminite equina se caracteriza pelo comprometimento total ou parcial dos movimentos do animal, devido a uma inflamação e dores nas patas. Por mais que todos os animais estejam propensos a desenvolver a doença, alguma raças possuem uma pré-disposição maior do que outras.
Por ser a parte do corpo onde o peso é sustentado e responsável pelo deslocamento dos equinos, os cuidados com os cascos são de suma importância para manter a saúde e bem-estar do animal, por isso precisam de cuidados especiais.
Causas da Laminite equina
A principal causa da laminite equina são os distúrbios do metabolismo do animal, que afetam o organismo de modo geral, o que acaba comprometendo a circulação sanguínea.
A partir do desenvolvimento da doença, algumas partes do corpo podem deixar de receber flux de sangue, gerando assim uma inflamação generalizada e problemas no sistema cardiovascular, renal e endocrino. Em alguns casos a laminite pode causar a necrose das patas.
Problemas na alimentação, cólicas, retenção da placenta, excesso de treinamentos, banhos com água fria depois de atividades físicas, dentre outros fatores, podem potencializar a enfermidade.
Sintomas
O principal sintoma clínico da doença é a dor, acompanhado de claudicação. entretanto, a laminite é associada a outros como:
- Relutância em se movimentar;
- Sensibilidade aumentada ao pinçamento do casco;
- Aumento da pulsação da artéria digital;
- Tremores;
- Aumento na frequência cardíaca e respiratória;
- Aumento da temperatura corpórea;
- Mucosas avermelhadas.
Em estágios mais avançados da doença, é possível perceber fatores como a convexidade da sola, crescimento dos talões, formação de anéis transversais e concavidade da face cranial da muralha do casco.
Diagnóstico e tratamento da laminite
A laminite equina pode ser facilmente percebida pelo pecuarista, basta ter atenção aos animais, observando sempre o seu comportamento, as dificuldades de locomoção, emagrecimento, baixa performance e também as dificuldades em apoiar as patas no chão.
Para que o diagnóstico e grau de doença seja feito da forma correta, é necessário a avaliação de um médico veterinário especializado. Dentre os exames feitos estão: exames de imagem e testes de movimento.
Já o tratamento depende da conclusão chegada com o diagnóstico, todavia é bastante comum a recomendação de repouso extremo, aplicação de gelo em locais que apresentem inchaço, administração de analgésicos, anti-inflamatórios e alimentação balanceada. Em alguns casos o veterinário pode indicar o uso de medicamentos específicos para o controle do metabolismo.
Prevenção
A melhor forma de prevenir a doença é através de um manejo correto, alimentação saudável, cuidados com exercícios e sobrecargas exigidas do animal. Realizar o casqueamento periódico de maneira correta e evitando alimentar o equino com grandes quantidades de carboidratos podem auxiliar na prevenção.
Sendo uma das principais causas de atendimentos clínicos e hospitalares, a laminite pode se agravar e desencadear outras doenças, fazendo com que o desempenho e a saúde do animal seja ainda mais prejudicada.
*Com informações da Revista Veterinária