Casos da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP – vírus H5N1) foram confirmados recentemente em aves silvestres na Argentina e no Uruguai. Com o cenário, o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, reforçou na quarta-feira (15/2) que o Brasil continua livre da doença, mas está aumentando o status de vigilância até nas fronteiras.
A doença Influenza Aviária
A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral muito contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres. Fávaro ressaltou ainda que a doença não é transmitida pela carne de aves e nem pelo consumo de ovos.
Vigilância por produtores e cidadãos
Além do aumento das medidas de vigilância ativa, que inclui o fortalecimento da fiscalização pelo Ministério, ele destacou a importância da vigilância passiva, que é a comunicação da doença por produtores e pelos cidadãos que percebam sintomas em aves caseiras ou silvestres.
Caso perceba aves com sinais respiratórios, nervosos, digestivos ou alta mortalidade, inclusive em aves de vida livre, deve-se informar imediatamente o Serviço Veterinário Oficial municipal ou pela internet na plataforma e-Sisbravet.
Sistema de Vigilância no Brasil
Até agora nenhum caso de gripe aviária foi confirmado no Brasil. O ministro destacou ainda que o sistema de vigilância do Brasil é eficiente, que previne a doença e que está preparado para enfrentar o problema e garantir as exportações e o status de um país que tem liderança regional na vigilância sanitária.
O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Carlos Goulart, disse que o risco mais alto e agudo da entrada da doença no país acontece até abril e maio, pois o risco é relacionado à migração das aves. “Estamos passando pela fase aguda de risco de ocorrência, até elas voltarem à sua migração natural que ocorre todos os anos para o hemisfério norte”.
Ações
O Mapa reuniu todo o Sistema Brasileiro de Defesa Agropecuária, que tem órgãos públicos e representantes da iniciativa privada, na tarde desta quarta-feira (15/2), para estabelecer a cadeia de comando e ação para os casos de detecção ou sintoma de influenza aviária.
O Departamento de Saúde Animal também está em contato em tempo real com as autoridades sanitárias dos países vizinhos.
O Mapa também já tem um plano de contingência elaborado para desenvolver ações no caso da entrada da doença no país.
“Se por acaso entrar a doença no país, o serviço veterinário oficial dos estados já entra com ações de bloqueio da área e outras ações previstas dentro do plano são executadas em um raio de 10 quilômetros da detecção. É uma série de ações que vão sendo desencadeadas à medida da necessidade”, explica a coordenadora de Assuntos Estratégicos do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Anderlise Borsoi.
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