O México registrou seu primeiro caso humano de infecção pelo vírus H5N1, causador da gripe aviária, conforme comunicado oficial divulgado nesta sexta-feira (4) pelo Ministério da Saúde.
A paciente é uma menina de três anos de idade, moradora do estado de Durango, que permanece internada em estado grave. A confirmação laboratorial ocorreu na terça-feira (31).
Apesar da gravidade da cepa H5N1, que desde 2020 tem causado surtos fatais em aves e contaminações ocasionais em outras espécies, como alpacas, gatos domésticos e, recentemente, vacas, as autoridades sanitárias mexicanas afirmam que não há evidências de transmissão sustentada entre seres humanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que o risco à saúde pública, nesse momento, permanece baixo para a população em geral.
Impacto em Durango
Durango, no norte do país, tem sua economia fortemente baseada na agricultura e, principalmente, na pecuária. Vale lembrar que, no ano passado, o México também confirmou o primeiro caso humano de gripe aviária do tipo H5N2, em um paciente que não tinha contato conhecido com animais e que veio a óbito em decorrência de uma doença crônica.
Gripe aviária
Os principais sintomas clínicos da doença em aves são: corrimento nasal, tosse, espirros, pneumonia, fraqueza, dificuldade para se locomover, hemorragia nos músculos, redução na produção de ovos e edema da crista e barbela. Muitas aves com gripe aviária morrem de maneira repentina, sem ao menos terem desenvolvido os sintomas.
Em relação à infecções humanas, elas podem ocorrer, especialmente, pelo contato com aves infectadas; e ambientes contaminados, como fezes, secreções respiratórias, sangue ou outros fluidos corporais. O risco de transmissão por meio de alimentos é baixo.

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