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Saiba quais são as vacinas que compõem o calendário vacinal dos bovinos

Por Gabriela Amaral
Publicado em 01/02/2022 às 10:18
Foto: Reprodução

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Dentro da atividade agropecuária, é de suma importância que o pecuarista se previna contra doenças através da aplicação de vacinas presentes no calendário vacinal dos bovinos. Diferente dos fármacos usados para o combate de microrganismos causadores de doenças, a vacina tem a função de estimular o organismo do animal a produzir anticorpos que vão defendê-los da ação de agentes etiológicos.

Outro benefício da vacinação é a redução da taxa de circulação de microorganismos causadores de patologias na propriedade. Através da aplicação de vacinas, seguindo o calendário vacinal, é possível erradicar doenças ou, pelo menos, reduzir e controlar a transmissão. Desta forma é possível garantir a saúde do rebanho e a rentabilidade do negócio.

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Principais vacinas e calendário para aplicação no rebanho bovino

A vacinação de bovinos faz parte das práticas de manejo sanitário, mas para que seja feito corretamente é preciso que as vacinas presente no calendário vacinal sejam aplicadas dentro do prazo estabelecido pelos órgãos responsáveis e que o produtor conheça o imunizante.

Febre aftosa – a vacinação contra a aftosa é bastante divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) devido aos impactos que a doença pode trazer para a economia do país. Desta forma, o produtor deve consultar o calendário de vacinação da aftosa divulgado pelo governo federal;

Brucelose – dose única aplicada em fêmeas entre três e oito meses;

Clostridiose – vacina com duas doses de aplicação, sendo a primeira administrada com dois meses de vida do animal. A dose de reforço é aplicada um mês depois, em bezerros que a mãe foi imunizada. No caso onde a vaca não foi imunizada, a vacina deve ser aplicada nos bezerros com duas semanas de vida, aplicando o reforço depois de um mês e fazendo a revacinação com seis meses. Está é uma vacina que deve ser aplicada anualmente.

Leptospirose – destinada à animais entre quatro e seis meses de vida, devendo ser administrado um reforço após quatro semanas. Para prevenir a doença é preciso que a vacinação seja feita semestralmente.

Raiva Bovina – a vacina contra a raiva bovina deve ser aplicada em regiões que existem morcegos que se alimentam de sangue. Nestes casos, é preciso que o rebanho seja vacinado anualmente, sendo recomendada a aplicação de duas doses com intervalo de 30 dias entre elas.

Carbúnculo – também conhecida como manqueira, o carbúnculo é um quadro infeccioso e inflamatório da musculatura animal, sendo uma doença contagiosa. A recomendação é os filhotes sejam vacinados, inicialmente, com três meses de vida. As doses de reforço devem ser aplicadas a cada seis meses, até que o bezerro complete dois anos de idade.

IBR e BVR – também aplicada com três meses de vida, o reforço do imunizante deve ser administrado quatro semanas após a primeira dose. Recomenda-se a aplicação de dose única anualmente. Importante salientar que a vacinação, no mês antecedente à monta, deve ser executada nos animais em período reprodutivo.

Como realizar a aplicação da vacinação em bovinos?

De acordo com a orientação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para que o calendário vacinal seja cumprido e o produtor consiga se organizar e aplicar os imunizantes corretamente, garantindo assim a produtividade e lucratividade da fazenda, é preciso ter atenção nos seguintes pontos:

  • planejamento
  • aquisição
  • conservação das vacinas
  • local para vacinação
  • agulha
  • contenção e aplicação
  • vias de aplicação

Uma dica aos pecuaristas é prestar bastante atenção à agulha escolhida para realizar a aplicação da vacina. Isto porque este material deve ser escolhido levando em consideração a viscosidade do imunizantes e se aplicação é feita via subcutânea ou intramuscular. Dentre as orientações da Embrapa estão também:

  • Esterilização da agulha em água fervente;
  • Substituição da agulha a cada dez aplicações;
  • Descarte de forma adequada;
  • Eliminação de agulhas com problemas;
  • Uso de uma agulha específica para a retirada do imunizante do frasco;
  • Não utilização de produtos fora do prazo de validade;
  • Calibração das pistolas.
Tags: agronegócioAgroPecuáriabem-estar animaldoençasmanejo sanitáriosaúde animalVacina bovina

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