O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou a portaria que declara o estado de emergência fitossanitária devido ao risco de um surto da praga quarentenária Rhizoctonia theobromae (Ceratobasidium theobromae) nos estados do Amapá e do Pará.
A medida, que terá validade por um ano, tem como objetivo intensificar as ações preventivas e evitar a propagação da praga para outras áreas de cultivo.
Emergência fitossanitária
Conhecida como “vassoura de bruxa” da mandioca, a doença foi identificada pela Embrapa Amapá nos plantios de mandioca das terras indígenas de Oiapoque, em 2024.
Dentre os principais sintomas estão ramos secos e deformados, crescimento anormal, com brotos fracos e finos, além de clorose, murcha e morte das folhas à medida que a doença avança.
A disseminação pode ocorrer por meio de material vegetal contaminado, ferramentas de poda, e até mesmo pela movimentação de solo e água. A troca de plantas e produtos agrícolas entre diferentes regiões também pode contribuir para a propagação do patógeno, aumentando o risco de novas infecções.
De acordo com o ministro de Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, com o estado de emergência fitossanitária em vigor, será possível adotar rapidamente todas as ações necessárias para erradicar a praga e evitar que ela se espalhe para novas regiões produtivas, tanto em nível federal quanto estadual.
Ações de Defesa Fitossanitária
Devido ao caso, na manhã dessa quarta-feira (29), o ministro da Agricultura e Pecuária e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, juntamente com representantes da Embrapa e equipes técnicas dos dois ministérios, se reuniram para discutir as estratégias de defesa fitossanitária e mitigar os efeitos da nova doença.
Desde que a presença da praga foi confirmada, equipes compostas por profissionais do Mapa, Embrapa, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) e o Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) estão realizando um levantamento detalhado na região do Amapá, com o objetivo de identificar novos focos da praga e aplicar medidas de contenção nas áreas já afetadas.