Para marcar os 100 primeiros dias de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou em pronunciamento nesta segunda-feira (10/4), que o Plano Safra do ciclo 2023/24 será lançado em maio. Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estimou lançamento entre maio e junho.
“Lançaremos em maio o Plano Safra do agronegócio. Queremos aumentar a produtividade no campo e criar mecanismo que garanta a sua sustentabilidade socioambiental neste país”, disse durante discurso.
Ministros se reúnem para elaborar Plano Safra
Os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), estão elaborando em conjunto as diretrizes do Plano Safra 2023/2024, que terá como foco a produção sustentável de alimentos.
O tema foi debatido em reunião, nesta segunda-feira (10/4) pelos ministros Carlos Fávaro, Marina Silva e Paulo Teixeira.
Segundo o Mapa, o novo Plano Safra deve ser lançado entre os meses de maio e junho e buscará atender diferentes categorias de produtores rurais e segmentos do agronegócio.
Fávaro explicou que o Plano ABC+ (Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária), será o indutor das políticas agrícolas brasileiras, orientada pela agropecuária de baixo carbono. Inclusive com diretrizes de financiamento de atividades de agrofloresta e extrativismo.
“Estamos com as nossas equipes definindo critérios, incentivos e oportunidades para que tenhamos uma agropecuária voltada à produção com baixa emissão de carbono”, disse.
Marina Silva afirmou que o objetivo é que o Plano Safra seja a base da transição para a agricultura de baixo carbono. “E que a gente possa, a partir daí, mostrar que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, mas também uma potencia ambiental e florestal”.
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Plano Safra: crédito rural em dólar
Na semana passada, Fávaro, defendeu a criação de linhas de crédito rural em dólar pelo Plano Safra para produtores de médio a grande porte. A ideia é que eles sejam atendidos com juros menores e deixem espaço para destinar mais subsídios aos pequenos agricultores.
O ministro do Mapa afirmou que a captação de recursos dolarizados, diminui o risco da operação, pois a variação cambial é zero e o juro internacional é mais barato.
A demanda será levada ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pedindo atenção maior na formulação do próximo plano que entrará em vigor em julho.
O debate de estratégias para definir o novo Plano Safra acontece enquanto há esgotamento de recursos do programa vigente e suspensão de linhas de crédito rural no BNDES.