Quatro ministros debateram na terça-feira (18/4), sobre como estimular a produção sustentável de alimentos ligado ao Plano Safra 2023/2024. No encontro estiveram os representantes dos Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira.
As tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono devem nortear as políticas de crédito rural. Segundo o ministro Carlos Fávaro, o governo está comprometido com a transição sustentável da produção agrícola.
“O Plano Safra 2023/2024 terá a agricultura de baixo carbono como linha mestra. Tenho certeza de que faremos o melhor Plano Safra da história do Brasil”, afirma Fávaro, que está em missão oficial em Londres e participou da reunião virtualmente.
Plano Safra: condições
A ideia é que para acessar os recursos do Plano Safra 2023/2024, os produtores rurais precisam adotar práticas sustentáveis para alcançar melhores condições de financiamento. O secretário-executivo em exercício do Mapa, Luiz Rodrigues, destacou que as tecnologias de agricultura de baixo carbono podem ajudar a criar resiliência para o produtor rural.
“Temos que construir uma agricultura contemporânea, sustentável, com uso de agricultura digital e que também seja resiliente. E esse Plano Safra vai ajudar a aumentar a resiliência da agricultura”, diz.
O objetivo do governo é aliar o financiamento das tecnologias agrícolas de diversas áreas com a sustentabilidade da produção. Estímulo que pode ser desde o acesso às práticas de assistência técnica até a concessão de bônus. O Mapa e os outros ministérios, estão estudando as formas de conceder esses benefícios.
O Plano Safra 2023/2024 deve ser lançado entre maio e junho, conforme informação divulgada pelo Mapa.
Desenvolvimento Sustentável
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontou que o objetivo é tornar a agenda ambiental a principal a principal agenda de desenvolvimento do país.
Opinião reforçada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que afirmou que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, florestal e hídrica. Para ela, o Plano Safra deverá evoluir para que toda a agricultura seja de baixa emissão de carbono.
“Podemos chegar a um nível em que os tomadores de recurso poderão receber bônus por esse cumprimento de normas de natureza sustentável para agricultura de baixo carbono”, prevê.
Uso de bioinsumos e o incentivo à agricultura regenerativa devem estar presentes no Plano Safra, conforme destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.