O governo dos Estados Unidos decretou nesta quarta-feira (30) a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
A medida, assinada em decreto pelo presidente Donald Trump, começa a valer no próximo dia 6 de agosto e pode afetar diretamente o comércio entre os dois países, com impactos expressivos no setor agropecuário.
Tarifa de 50% dos EUA

O documento, que já havia sido antecipado em correspondência enviada por Trump ao presidente Lula, aponta como justificativa para a decisão práticas brasileiras consideradas prejudiciais às empresas norte-americanas, além de alegar riscos à liberdade de expressão e à política externa dos EUA.
Um dos setores mais atingidos deve ser o de carne bovina. A partir desta sexta-feira (1º), o Brasil pode começar a sentir os efeitos da nova taxa, que ameaça as exportações do produto ao mercado norte-americano.
A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) calcula que o prejuízo pode chegar a US$ 1 bilhão.

Já a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) projeta perdas ainda maiores. Segundo a entidade, os impactos da tarifa podem comprometer até US$ 5,8 bilhões em exportações ao longo de 12 meses, atingindo diretamente o agronegócio brasileiro.
Apesar do impacto potencial, a medida inclui uma extensa lista de exceções. Entre os produtos que ficam fora da tarifa estão suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e suas peças, fertilizantes e diversos itens energéticos.
Essas exceções buscam minimizar os efeitos sobre setores estratégicos para ambas as economias.