O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que pretende reduzir em breve as tarifas de importações de café.
A declaração foi feita em entrevista ao programa The Ingraham Angle, da Fox News, na terça-feira (11). Trump não especificou, contudo, quais países produtores seriam contemplados pela medida.
Tarifas de importações de café

No dia seguinte (12), o secretário do Tesouro, Scott Bessent, confirmou a intenção em outra entrevista à emissora. Segundo ele, os norte-americanos devem esperar “anúncios substanciais” nos próximos dias, voltados à redução dos preços de produtos como café, bananas e outros itens que não são cultivados nos Estados Unidos.
O Brasil está entre os principais exportadores de café para o mercado norte-americano.
Até 2024, os Estados Unidos se mantinham como o principal destino dos cafés especiais brasileiros, com cerca de 2 milhões de sacas adquiridas por ano e receita superior a US$ 550 milhões.
Exportações brasileiras enfrentam atrasos

Enquanto os EUA discutem a redução de tarifas, exportadores brasileiros de café lidam com desafios logísticos. Em setembro de 2025, o esgotamento da infraestrutura portuária nacional provocou atrasos no embarque de cargas, elevando os custos das empresas associadas ao Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Segundo a entidade, o setor registrou prejuízo de R$ 8,99 milhões com armazenagem extra, pré-stacking e detentions, valores decorrentes da impossibilidade de embarcar 939.494 sacas do produto (equivalente a 2.848 contêineres). Foi o terceiro maior prejuízo já registrado pelo Cecafé, atrás apenas dos de novembro e dezembro de 2024.
O não embarque desse volume impediu o ingresso de US$ 348,29 milhões (aproximadamente R$ 1,87 bilhão) em receitas cambiais, considerando o preço médio de exportação de US$ 370,72 por saca e a cotação média do dólar de R$ 5,37 em setembro.







