Um estudo conduzido na fazenda da Embrapa destacou o potencial um potencial de método que utiliza satélites para monitorar integração lavoura-pecuária.
O levantamento ainda utilizou dados de dois ciclos completos combinando soja no verão e azevém no inverno.
Satélites para monitorar integração lavoura-pecuária
Com base no pesquisador Marcos Neves, da Embrapa Meio Ambiente, os resultados revelaram a consistência nos dados obtidos em passagens de satélites com intervalo de dois a três dias.
A missão Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia (ESA), com seus dois satélites idênticos em órbitas defasadas de 180º (constelação mínima), combina alta resolução espacial (10 metros) e revisita frequente — 5 dias no equador e de dois a três dias em latitudes médias, nas áreas onde ocorre sobreposição de órbitas vizinhas.
Sendo assim, durante o estudo foram analisadas 72 imagens livres de nuvens, de um total de 288 passagens, representando uma taxa de aproveitamento de 25%. As imagens foram obtidas da coleção EarthExplorer, disponível no site do Serviço Geológico dos EUA (USGS), tratadas automaticamente utilizando programação em linguagem Python integrada ao programa de geoprocessamento QGIS.
Desafios e auxílios
Dentre os desafios para os testes, esteve que a frequente presença de nuvens ainda representa um obstáculo para o monitoramento contínuo por satélite.
Além disso, o potencial do Índice de Vegetação da Diferença Normalizada (NDVI) ainda será eficaz para garantir dados cruciais em momento decisivos do manejo agrícola.
Portanto, o uso do NDVI como ferramenta de monitoramento foi validado como um recurso valioso para a agricultura de precisão. Os pesquisadores ainda planejam aprofundar as análises, investigando a relação entre os mapas de produtividade da soja e os índices NDVI em diferentes estágios, além de explorar a aplicação do NDVI para estimativas de biomassa em sistemas ILP.
Informações extraídas da Embrapa