Portal Agro2
Sem resultado
Ver todos os resultados
Portal Agro2
Sem resultado
Ver todos os resultados
Portal Agro2
Sem resultado
Ver todos os resultados

Goiás recebe primeira usina de biogás a partir de vinhaça da cana

Empresas goiana e francesa inauguram primeira planta para produzir energia limpa com a biomassa da cultura, em Goianésia, no centro de Goiás.

Por Janaina Honorato
Publicado em 22/09/2023 às 17:14
Empresas goiana e francesa inauguram primeira planta para produzir energia da cana.

Empresas goiana e francesa inauguram primeira planta para produzir energia da cana. Foto: Divulgação/Jalles

Share on FacebookShare on Twitter

Uma usina do setor sucroenergético nacional em parceria com uma empresa francesa especialista na geração de energia a partir da biomassa vão inaugurar, no dia 29 de setembro, a primeira planta de biogás a partir da vinhaça da cana no Estado de Goiás.

A planta localizada em Goianésia-GO, em usina de cana-de-açúcar, onde são produzidos açúcar, etanol e energia elétrica teve um investimento de R$ 30 milhões.

LEIA TAMBÉM

Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Vinhaça é o resíduo que sobra após a destilação do caldo de cana-de-açúcar.
Vinhaça é o resíduo que sobra após a destilação do caldo de cana-de-açúcar. Foto: Divulgação

Usina de biogás a partir de vinhaça da cana

A vinhaça é o resíduo pastoso que sobra após a destilação do caldo de cana-de-açúcar (garapa) fermentado para obter o etanol. Para produção de cada litro de etanol são produzidos cerca de 13 litros de vinhaça, que até hoje, era utilizada apenas como biofertilizante nos canaviais, por ser rica em nutrientes, como potássio, fósforo e nitrogênio.

Com a planta de biogás goiana, antes de ir para o campo, a vinhaça, que também possui açúcares em sua composição, será enviada para reator anaeróbio – reservatório sem presença de oxigênio – onde será fonte de matéria orgânica para microrganismos.

No processo, é produzido o biogás, um composto de três gases: Metano, Dióxido de Carbono e Sulfídrico, que pode ser utilizado na geração de energia elétrica e como biocombustível para os veículos.

O biogás é enviado à caldeira por meio de tubulações, onde entra junto com o bagaço da cana, incrementando a geração de energia elétrica. O reator mede 176x96m e 12 metros de profundidade e capacidade de produção de 6.000 m³/h.

  • Pesquisa: Bioinsumo da Embrapa melhora em até 20% a produtividade da cana-de-açúcar
Biogás deve gerar energia para abastecer uma cidade de 30 mil habitantes por ano.
Biogás deve gerar energia para abastecer uma cidade de 30 mil habitantes por ano. Foto: Divulgação/Jalles

Sustentabilidade ambiental e econômica

Com a queima do biogás na caldeira, 22GWh são exportados para o Sistema Interligado Nacional, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 30 mil habitantes por ano.

As vantagens ambientais da planta de biogás são diversas, após passar pelo reator a vinhaça é utilizada no campo como biofertilizante, com pH mais próximo da neutralidade, o que pode contribuir para sua melhor absorção no solo.

Além disso, há aumenta a cogeração de energia a partir de mais uma fonte renovável, contribuindo para a descarbonização e transição energética. Existe a possibilidade no futuro, de implementar um outro processo na planta para produzir biometano, que pode substituir, por exemplo, o diesel.

O projeto mostra as oportunidades comerciais que existem, com uma demanda crescente por combustíveis renováveis no mundo, o que o torna economicamente viável.

Outra fonte de energia

As duas empresas também vão inaugurar uma nova caldeira, com capacidade de produção de 210 mil kg/h de vapor, com investimento de R$90,5 milhões, onde o bagaço da cana é queimado, produzindo gases quentes que trocam calor com a água, transformando-a em vapor.

O vapor move as turbinas, gerando energia elétrica, que é utilizada para abastecer toda a planta industrial e o excedente será comercializado, exportado para o Sistema Interligado Nacional. A planta tem capacidade para produzir 390 GWh por safra, onde 226 GWh são exportados, quantidade suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes por ano.

  • Educação: Produção de Biogás é curso online oferecido pela Embrapa
Tags: biogáscanaenergiagoiásproduçãousinavinhaça

Notícias relacionadas

Tecnologia revoluciona o mapeamento automático de viveiros escavados no Brasil

Tecnologia revoluciona o mapeamento automático de viveiros escavados no Brasil

A Embrapa, em parceria com outras instituições, está utilizando uma nova metodologia para mapear viveiros escavados, um modelo de produção...

Primeiro equipamento digital brasileiro mede a permeabilidade do solo

Primeiro equipamento digital brasileiro mede a permeabilidade do solo

Um novo equipamento pretende melhorar a medição da permeabilidade do solo influenciando áreas como a agricultura e a infraestrutura urbana....

Tecnologia inovadora permite monitoramento remoto da temperatura corporal de bovinos

Tecnologia inovadora permite monitoramento remoto da temperatura corporal de bovinos

A Embrapa Gado de Corte (MS) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) criaram uma tecnologia para...

Embrapa lança novas tecnologias para o mercado de agricultura digital; confira

Embrapa lança novas tecnologias para o mercado de agricultura digital; confira

A Embrapa Agricultura Digital lançou duas novas tecnologias e disponibilizou outras três para validação junto a usuários na plataforma AgroAPI,...

logomarca Agro2

Plantando ideias. Colhendo soluções.

Notícias sobre agronegócio e safras, dicas de manejo da terra e de como melhorar sua produção agropecuária.

CONHEÇA

  • Home
  • Quem somos
  • Expediente
  • Comercial
  • Podcast AGRO2
  • Contato

PRIVACIDADE

  • Política de Privacidade
  • Política de Segurança LGPD
  • Termos de Uso
  • Cookies

REDES SOCIAIS

PODCASTS

INSCREVA-SE
em nossa newsletter

© 2024 Portal AGRO2

Sem resultado
Ver todos os resultados
  • Últimas notícias
  • Agricultura
  • Agronegócio
  • Dicas
  • Economia
  • Meio Ambiente
  • Pecuária
  • Podcast
  • Política
  • Tecnologia
  • Contato
    • Quem somos
    • Comercial
    • LGPD
    • Política de Privacidade

© 2022 Agro2 - Plantando ideias. Colhendo soluções.