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Inteligência artificial revoluciona o monitoramento das lavouras de café no Brasil

Técnica combina imagens de satélite e algoritmos de inteligência artificial para identificar lavouras e fases do cultivo, apoiando políticas públicas e a sustentabilidade do café.

Por Arieny Alves
Publicado em 29/10/2025 às 14:55
Inteligência artificial revoluciona o monitoramento das lavouras de café no Brasil

Foto: Envato

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Pesquisadores brasileiros desenvolveram um método inédito de mapeamento de lavouras de café por sensoriamento remoto, alcançando mais de 95% de precisão.

A nova abordagem combina imagens de satélite do programa Harmonized Landsat Sentinel-2 (HLS) com algoritmos de inteligência artificial, como Random Forest e XGBoost, permitindo identificar plantações e distinguir diferentes fases do ciclo produtivo com alto grau de detalhamento.

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Safra de café
Foto: Envato

O estudo conseguiu reconhecer quatro estágios fenológicos da cultura,  plantio, produção, poda e renovação  com acurácia que variou de 77% a 95%, mesmo em regiões compostas por pequenas propriedades e áreas fragmentadas.

A metodologia é escalável e pode ser aplicada em diferentes regiões produtoras, favorecendo a formulação de políticas públicas, o acesso a crédito rural e ações de adaptação às mudanças climáticas.

A técnica foi validada em Caconde (SP), município integrante do projeto Semear Digital, que reúne Distritos Agrotecnológicos voltados à inovação no campo. A pesquisa surgiu de uma demanda do próprio setor cafeeiro, que buscava informações mais precisas sobre a extensão das lavouras e seus diferentes estágios de desenvolvimento.

O método utiliza uma série temporal densa de bandas e índices espectrais, além de métricas de textura obtidas a partir de imagens combinadas dos satélites Landsat e Sentinel-2, com frequência de observação aproximada de três dias.

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Café
Foto: Envato

Um sistema hierárquico de classificação organiza os dados em quatro níveis, sendo separação da vegetação nativa, distinção entre tipos de uso agrícola, diferenciação de culturas perenes e, por fim, a identificação detalhada das fases do cafezal, formação, produção, poda e renovação.

Nos três primeiros níveis, a precisão superou 96%. No quarto, mais complexo, a média de acerto foi de 83%, com destaque para a classe de produção, que alcançou 94%. Entre os índices mais eficientes para caracterização dos cafezais estão NDVI, GNDVI, NDWI e SAVI, principalmente durante a estação chuvosa. A banda verde do HLS teve papel decisivo, sendo responsável por quase 40% da classificação em um dos níveis.

O estudo também indicou que métricas de textura (GLCM) e dados de temperatura de superfície (LST) ajudam a diferenciar lavouras produtivas de áreas recentemente podadas. Embora o desempenho dos algoritmos Random Forest e XGBoost tenha sido semelhante, o primeiro apresentou processamento até 15 vezes mais rápido, o que o torna mais vantajoso para aplicações operacionais.

Todos os mapas e dados gerados estão disponíveis gratuitamente no Repositório de Dados de Pesquisa da Embrapa (Redape). Os pesquisadores agora trabalham para ampliar as análises a séries plurianuais e aprimorar o reconhecimento de classes menos representadas, como a renovação de lavouras.

A expectativa é transformar o sistema em uma ferramenta prática para instituições públicas e privadas, reforçando a liderança brasileira na produção de café e a sustentabilidade do setor.

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Tags: inteligência artificiallavouras de cafémapeamentoregiões produtoras

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