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Método identifica remotamente contaminação da água subterrânea em áreas agrícolas

Conceito Embrapa tem aplicação nas avaliações de risco ambiental de defensivos agrícolas; é apropriado às condições brasileiras, com sua diversidade de clima e solos.

Por Janaina Honorato
Publicado em 18/02/2024 às 17:56
Conceito Embrapa tem aplicação nas avaliações de risco ambiental de defensivos agrícolas.

Conceito Embrapa tem aplicação nas avaliações de risco ambiental de defensivos agrícolas. Foto: Divulgação

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A Embrapa Territorial desenvolveu um método para identificar áreas agrícolas mais vulneráveis à contaminação de água subterrânea, baseado na análise de dados geoespaciais.

O método tem aplicação principalmente nas avaliações de risco ambiental de defensivos agrícolas solicitadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) para registro de novos produtos.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

É apropriado às condições brasileiras, com sua diversidade de clima e solos.
É apropriado às condições brasileiras, com sua diversidade de clima e solos. Foto: Divulgação

Método identifica contaminação da água em áreas agrícolas

A aplicação de defensivos agrícolas pode gerar resíduos e o processo de lixiviação no solo resultar na contaminação da água subterrânea. Para identificar os cenários críticos, ou seja, as condições mais propícias à contaminação, foi utilizado um modelo que considera, entre outros fatores, o tipo de solo e sua umidade, a profundidade do lençol freático ou aquífero e o tempo que o agrotóxico levaria para chegar até eles.

Quanto maior esse tempo, mais ele fica exposto aos processo de degradação no solo e menores as chances de ocorrer contaminação. Os pesquisadores buscaram um modelo que não subestimasse os riscos.

Uma das vantagens do novo método é ser apropriado às condições brasileiras, com sua diversidade de clima e solos. Até o momento, as análises seguem procedimentos da Agência de Proteção Ambiental (EPA), baseados no cenário dos Estados Unidos.

A publicação disponibilizada em dezembro traz uma aplicação do método no estado de São Paulo, para três culturas agrícolas mais representativas no estado: cana-de-açúcar, citros e soja. Esse trabalho aponta, por exemplo, que os cenários mais críticos para contaminação de águas subterrâneas estão em 1% da área de soja, 1,6% da área com cana-de-açúcar e 4,1% da área com citros.

Os resultados do estudo foram obtidos em um projeto cofinanciado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e publicados pela Embrapa no final de 2023.

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Banco de dados

O maior desafio da equipe foi estimar a profundidade dos lençóis freáticos e o que se chama de umidade do solo na capacidade de campo, isto é, um solo que não está seco nem úmido demais, o que só foi possível após várias equações e vários bancos de dados para chegar a informação.

Para esse trabalho, foi organizado um banco de dados georreferenciados em escala 1:750.000 com as características físicas, químicas e hidráulicas dos solos no estado, que está disponível na Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa (GeoInfo).

Análise é feita com dados geoespaciais e serão incluídos em plataforma.
Análise é feita com dados geoespaciais e serão incluídos em plataforma. Foto: Divulgação

Importância do estudo

O estudo em parceria com a Embrapa Agricultura Digital faz a identificação de cenários com base no índice de vulnerabilidade das águas subterrâneas, o que deve auxiliar a tomada de decisão nos processos regulatórios e no ordenamento territorial de atividades potencialmente poluidoras.

Os valores de parâmetros dos cenários críticos apresentados no estudo serão incluídos na base de dados da tecnologia ARAquá, disponível na versão ARAquáWeb. Esta tecnologia é recomendada pelo Ibama, desde 2013, para a avaliação de riscos ambientais nos processos de registro de defensivos agrícolas e contribui para prever a contaminação de água superficial e subterrânea.

O trabalho tem potencial para ser expandido para outras regiões do País, onde novos trabalhos estão sendo planejados para, com os dados necessários disponíveis e com alguns ajustes, aplicar o método em outras partes do território brasileiro.

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Tags: áreas agrícolasCNPQcontaminação da águadados geoespaciaisdefensivos agrícolasembrapaIbamalençol freático

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