Completando 21 anos, o Sistema de Produção Integrada de Alimentos, também conhecido como Sisteminha, tem sido uma das tecnologias sociais mais bem-sucedidas do Brasil, no combate a fome, e já foi adotado em diversos outros países.
A tecnologia permite que famílias de baixa renda possam se alimentar com produtos cultivados localmente, utilizando estruturas simples construídas com recursos disponíveis na região. Além disso, o excedente da produção pode ser compartilhado com vizinhos ou até mesmo comercializado.
Com a nova versão do Sisteminha, famílias podem começar a gerar renda por meio do empreendedorismo comunitário.
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O Sisteminha tem contribuído não apenas para a segurança alimentar e nutricional das famílias, mas também para a produção local, quando instalado com foco na comunidade.
Dessa forma, pode se tornar um modelo de empreendedorismo e desenvolvimento comunitário. A Embrapa Cocais (MA) está liderando o processo de escalonamento da produção do Sisteminha em algumas comunidades do Maranhão e Piauí, obtendo resultados promissores.
Como funciona o sisteminha, tecnologia que auxilia no combate a fome e gera renda
Com o objetivo de atender às necessidades nutricionais de uma família de quatro a cinco pessoas, de acordo com as recomendações da OMS, o Sisteminha é uma tecnologia social que permite a produção de alimentos em pequenos espaços em áreas urbanas e rurais.
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Em um quintal de 100 a 1.500 metros quadrados, é possível produzir peixes, ovos, carne de galinhas e codornas, suínos, porquinhos-da-índia, grãos, legumes, frutas, hortaliças, húmus de minhoca e composto orgânico, entre outros.
Além de garantir a alimentação básica às famílias, a técnica possibilita também a geração de renda, por meio da comercialização do excedente da produção. Voltado para a redução de custos, o projeto segue um modelo agrícola sustentável.
De acordo com o criador do Sisteminha e pesquisador da Embrapa, o zootecnista Luiz Carlos Guilherme, destaca que essa metodologia simples ensina as famílias a conquistarem sua independência alimentar e nutricional, melhorando sua autoestima e capacidade de resolver problemas relacionados à execução das atividades.
Ele ressalta, ainda, que essa tecnologia consegue retirar as pessoas da situação de pobreza e miséria em menos de sete meses, sem interferir culturalmente nas famílias.