De acordo com estudos publicados pela Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (CIAS), os custos de produção de frangos para corte e de suínos voltaram a subir no mês de março. A pesquisa mostra que o ICPSuíno aumentou em 3,43% no mês passado, quando comparado com o mês de fevereiro. Desta forma, o índice de elevação bateu os 452,06 pontos. Já em relação ao ICPFrango, a alta foi de 1,60% no mesmo período, chegando aos 446,25 pontos.
É importante salientar que a alta no ICPSuíno sofreu forte influência da variação de 2,93% nas despesas operacionais com quanto a alimentação dos animais, o que representa um custo de 83% do total de produção de suínos. Desta forma, o custo total de produção por quilograma de suíno vivo, criado em sistema do tipo ciclo completo, em Santa Catarina, apresentou um aumento de R$ 0,26 no mês, chegando aos R$ 7,90. Durante o primeiro trimestre de 2022, o IPCSuíno já apresentou aumento de 12,87%.
No que diz respeito ao ICPFrango, a alta também é consequência, principalmente, da influência dos gastos com nutrição animal (1,24%) e na compra dos pintos de um dia (0,24%). O custo de produção do quilo do frango de corte vivo, no Paraná, produzido em aviários climatizados e com pressão positiva, subiu R$ 0,09 durante o mês março, quando comparado ao mês anterior, chegando aos R$ 5,77. Durante o três primeiros meses do ano, o ICPFrango já acumula alta de 10,59%.
Por serem os maiores produtores nacionais de suínos e frango de corte, respectivamente, os estado de Santa Catarina e Paraná foram usado como referência nos cálculos.
Os custos de produção são uma referência para o setor produtivo
Precisamos ter em mente que os resultados publicados na CIAS são provenientes de coeficientes de produtividade pré-fixados e que apresentam variações mensais quanto ao preço dos insumos e fatores de produção. Além disso, suinocultores independentes e avicultores sob contratos de integração devem acompanhar a evolução dos seus próprios custos de produção.