A Agência Nacional de Petróleo Biocombustíveis e Gás Natural (ANP) informou, nesta segunda-feira (17/10), que o preço médio da gasolina subiu 1,4% nas bombas, passando de R$ 4,79 para R$ 4,84 entre os dias 9 e 15 de outubro.
A alta quebra o ciclo de 15 semanas consecutivas de queda no preço do combustível, mesmo sem novos reajustes nos preços da Petrobras nas últimas semanas. A gasolina chegou a recuar até 35% até a semana que terminou no último dia 8 de outubro.
O preço do litro do etanol também aumentou, passando de R$ 3,40 para R$ 3,46, uma diferença de 0,06 centavos, sendo o segundo aumento consecutivo de 1,8%. Já o preço do litro do diesel se manteve estável, de R$ 6,52 para R$ 6,51.
Queda no preço médio da gasolina e outros combustíveis
Os preços dos combustíveis vinham sentindo o efeito da limitação do Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que foi incidente sobre combustíveis a 17% em todo o Brasil.
De acordo com o documento sobre a limitação do ICMS, os combustíveis e outros serviços como energia elétrica, comunicações e transporte público são classificados como essenciais e indispensáveis, por isso, impede que os estados cobrem taxas mais altas que o geral.
Outro fator que contribuiu para a queda nos preços é que a Petrobras tem feito reduções nos preços de venda da gasolina e do diesel nas refinarias. A redução nos postos também foi afetada pela queda dos preços do petróleo no mercado internacional.
Governo
Desde o início do governo de Jair Bolsonaro (PL), em 2019, a gasolina acumulava uma alta de 70,6% nos postos. Posteriormente, à beira das eleições 2022, iniciou-se um movimento para reduzir os preços dos combustíveis.
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Nos meses de julho, agosto e setembro os preços continuaram caindo afetados pelas reduções seguidas nos preços praticados pela Petrobras em suas refinarias.
Agora, com a nova alta, uma das bandeiras de Jair Bolsonaro (PL) na corrida eleitoral pode estar comprometida: a queda no preço dos combustíveis.