Segundo o 3º levantamento sobre a safra 2021/22 de cana-de-açúcar, a produção já encontra-se na fase final. O levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), prevê que o ciclo de plantio termine neste mês de dezembro. O volume de chuva que o estado recebeu nos últimos dias atrapalhou o fim do período de colheitas.
Em relação à safra 2020/21, a estimativa é que setor tenha uma redução média de -3,1% na moagem em todo estado, devido as condições climáticas desfavoráveis e pela mudança de canaviais por lavouras de grãos. Por consequência da queda, os produtos derivados do insumo já podem sentir os efeitos da redução.
Dentre estes produtos, para a região centro-oeste do país, o etanol total apontou um saldo de -5,4% em relação à última safra. O Mato Grosso é atualmente o estado com o maior índice de redução da região, com -16,6%. Já a produção [de etanol] em Goiás, com seus 56,9 milhões de litros, apresentou um decréscimo de -3,5% em relação a safra anterior.
Previsões de alta
Entretanto, mesmo apresentando queda na safra, a previsão para Goiás é de uma alta de 13% na produção de açúcar, diferentemente o resto do Brasil que apresenta uma queda geral de -17,8%. Em relação aos estoque de açúcar, é estimada uma falta mundial em decorrência pela quebra da safra brasileira e pela quantidade de açúcar que a Índia destinará para a produção de etanol. Este déficit poderá se estender até a próxima temporada.
Em relação as safras de 2020/21, a produção de milho não foi satisfatória, resultando na falta do grau no mercado. Mesmo com a insalubridade da fabricação de etanol derivado de milho, as usinas existentes em Goiás e Mato Grosso insistem na produção devido a alta nos preços do produto.
Espera-se que a produção, em Mato Grosso, aumente em 24% em referência à safra passada. Para o estado de Goiás, a previsão é que a produção tenha produção tenha uma queda de -26%, totalizando 378,5 milhões de litros na safra atual, produzidas por duas unidades responsáveis pela fabricação contínua do produto.