O Ministério da Agricultura e Pecuária recebeu, na sexta-feira (19), uma delegação chinesa da Academia de Ciências Agrícolas da China (CAAS) para debater iniciativas ligadas à sustentabilidade e à transparência nas cadeias produtivas. O encontro também serviu para a troca de experiências entre os dois países.
Durante a reunião, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Pedro Neto, destacou a relevância da cooperação bilateral para alinhar práticas de produção sustentável e ressaltou a importância do marco regulatório brasileiro, como o Código Florestal, na conciliação entre preservação ambiental e uso produtivo do solo.
Sustentabilidade e à transparência nas cadeias produtivas

Foram apresentadas duas iniciativas brasileiras. A primeira, a Plataforma AgroBrasil+Sustentável, reúne dados oficiais que permitem rastrear informações sobre produção agropecuária, com o objetivo de ampliar o acesso dos produtores a mercados e políticas públicas.
Já o programa Caminho Verde Brasil busca recuperar até 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em dez anos, transformando-os em áreas agricultáveis de maior produtividade, sem necessidade de abertura de novas fronteiras agrícolas.
O diretor-geral do Instituto de Economia e Desenvolvimento Agrícola da CAAS, Hu Xiangdong, comparou a atuação da instituição à da Embrapa e defendeu a ampliação da cooperação científica e tecnológica. Segundo ele, a parceria pode ir além do comércio, avançando em inovação e desenvolvimento agrícola.

Brasil e China mantêm relações diplomáticas há 50 anos e contam com a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Consulta e Cooperação (COSBAN) como espaço estruturado de diálogo sobre temas estratégicos.
No campo agropecuário, a pauta da sustentabilidade segue como ponto central nas conversas, com reflexos tanto para a cooperação técnica quanto para as relações comerciais.