A capacidade de armazenagem agrícola no Brasil alcançou 231,1 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025, avanço de 1,8% em relação ao período anterior, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira (13).
O número de estabelecimentos também cresceu, chegando a 9.624 unidades, alta de 1,2% frente ao segundo semestre de 2024.
Capacidade de armazenagem agrícola

Com exceção do Nordeste, que manteve estabilidade, todas as regiões do país ampliaram suas estruturas. O Norte apresentou o maior crescimento (4,2%), seguido pelo Centro-Oeste (1,9%), Sudeste (1,1%) e Sul (0,5%). O Rio Grande do Sul lidera em número de unidades, com 2.454 estabelecimentos, à frente de Mato Grosso (1.787) e Paraná (1.382).
A pesquisa também mostrou variações expressivas nos estoques dos principais produtos agrícolas armazenados. A soja manteve a liderança, com 48,8 milhões de toneladas, aumento de 12,8% em relação ao semestre anterior.
O milho, por outro lado, teve queda acentuada de 44,6%, totalizando 18,1 milhões de toneladas. Arroz e trigo registraram altas de 23,5% e 9,0%, respectivamente, enquanto o café teve recuo de 22,9%. Ao todo, foram monitoradas 79,4 milhões de toneladas de produtos.
Entre os tipos de estrutura, os silos continuam predominando no país, com capacidade de 123,2 milhões de toneladas, 53,3% do total nacional e crescimento de 2,2% frente ao semestre anterior. Já os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 84,2 milhões de toneladas (36,4% do total), alta de 2,0%.
Estados que lideram o ranking

Mato Grosso segue como o estado com maior capacidade instalada, totalizando 63 milhões de toneladas, mais da metade em armazéns graneleiros. Rio Grande do Sul e Paraná vêm na sequência, com 38,7 e 35,9 milhões de toneladas, respectivamente, ambos com predominância de silos.
Entre os municípios, Sorriso (MT) se mantém na liderança nacional, com 5,6 milhões de toneladas de capacidade, sendo 75,7% desse volume em armazéns graneleiros.
O município responde por quase 9% da capacidade estadual. Outras cidades mato-grossenses, como Nova Mutum, Primavera do Leste, Sinop, Campo Novo do Parecis, Sapezal e Lucas do Rio Verde, completam o grupo que concentra 38,1% da capacidade do estado.
Em Goiás, Rio Verde se destaca ao concentrar 14,7% da estrutura estadual e figurar entre os maiores produtores de grãos do país. No Paraná, Ponta Grossa aparece como o principal polo de armazenagem, ocupando o sexto lugar no ranking nacional. Já em São Paulo, Santos lidera com 41,5% da capacidade estadual, impulsionada pela presença do maior porto do Brasil.







