Com a utilização da cobertura morta com folhas secas de coqueiro na Fazenda Coco Verde, em Sergipe, a Embrapa Tabuleiros Costeiros promoveu uma reunião técnica na sede da ASCONDIR, em Neópolis, para abordar os resultados das pesquisas realizadas.
Essa técnica pode contribuir para a redução do consumo do coqueiro, que é considerado alto, em torno de 150 a 200 litros de água por dia, advindo do rio São Francisco, onde muitos produtores na região do Platô de Neópolis utilizam para irrigar seus coqueiros.

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A pesquisa teve como motivação as alterações climáticas globais, a deficiência hídrica, a demanda crescente por produtos agropecuários e a perda da biodiversidade que apresentam perigos reais e ameaçam a agropecuária no curto e médio prazo.
Cobertura morta tem a capacidade de reduzir a perda de água

O líder do projeto, pesquisador Fernando Cintra, destacou que a cobertura morta com folhas secas de coqueiro, quando aplicada na zona de coroamento do coqueiro, tem a capacidade de reduzir a perda de água por evaporação, conservar a umidade, promover a reciclagem de nutrientes e melhorar o solo com matérias orgânicas.
Na reunião técnica, o pesquisador Lafayette Franco Sobral apresentou detalhes sobre o retorno de nutrientes ao solo e o aumento da matéria-prima através da prática da cobertura morta.
Além disso, o pesquisador Ronaldo Souza Rezende, também da Embrapa Tabuleiros Costeiros, demonstrou que a cobertura aumentou a área explorada pelas raízes da planta em cerca de 30%.
A adesão à técnica de cobertura morta pesquisada pela Embrapa já é uma realidade para muitos produtores. José Lopes, supervisor de campo, relatou que pesquisou sobre a cobertura morta no site da Embrapa, aderiu ao projeto e teve uma experiência gratificante.