O assunto do Podcast Agro2, desta quinta-feira (9/3), é o cultivo de arroz. Na década de 1960, a cultura tinha o objetivo de abrir fronteiras agrícolas no Brasil e com o passar dos anos no centro do país, foi perdendo espaço para a soja e o milho, sendo mais cultivado na forma irrigada na região sul. Mas, o arroz de terras altas ou de sequeiro, com cultivares desenvolvidas pela Embrapa Arroz e Feijão, voltou a estabelecer a cultura no Cerrado.
Só que nessa expansão do arroz de sequeiro, a cultura já assumiu um novo perfil: adotada com alto grau de tecnificação, por agricultores que plantam o cereal em consórcio, sucessão ou rotação com outros grãos, aproveitando a boa aceitação no mercado, graças as novas cultivares adaptadas ao clima do Cerrado, principalmente nos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais e Tocantins.

Segundo pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão (GO), há seis décadas, o arroz de sequeiro era usado como primeira cultura de plantio, após o desmate.
Hoje, com maior restrição para a abertura de novas áreas, produtores estão usando a cultura para recuperar a fertilidade de solos de pastagens degradadas, ou como nova modalidade de renda na integração com outras culturas como a soja e o feijão, gerando inclusive melhor produtividade dentro do sistema.
Podcast Agro2 sobre o arroz

E o nosso bate-papo do podcast Agro2, no episódio desta quinta-feira (9/3), é sobre esse assunto com Adriano Castro, engenheiro agrônomo, doutor em genética de plantas e pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, que fica em Santo Antônio de Goiás, onde são realizadas pesquisas dessas novas cultivares de arroz de sequeiro e também irrigado.
O pesquisador abordou os resultados desses estudos e as oportunidades lucrativas para o agricultor do Cerrado com o cultivo de arroz de terras altas, em consórcio, rotação ou sucessão com culturas de grãos como soja, milho e feijão.
“O arroz hoje no mercado ele convive com a soja, com o milho, com o feijão, com a pastagem, com hortifrúti, como um componente do sistema de integração sustentável. O feijão, a soja e outras culturas se beneficiam do que o arroz deixa no solo, a soja plantada depois de arroz dá até de 15 a 20% a mais de produtividade. Uma produção com custo baixo e um retorno muito interessante”, explica Adriano Castro, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão em trecho do podcast.
O episódio vai ao ar no nosso Canal do YouTube e nas principais plataformas de podcasts. A apresentação fica por conta dos nossos hosts Pedro Maia e Janaina Honorato.
Veja o episódio do Podcast Agro2 completo abaixo:
