A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) orienta os produtores rurais sobre os cuidados necessários com devido a cigarrinha do milho, especialmente durante a entressafra e a semeadura da segunda safra.
Além das práticas fitossanitárias recomendadas, a principal preocupação está na prevenção da cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), inseto que transmite os enfezamentos do milho, doenças que podem causar danos significativos à produção no estado e no Brasil.
Cigarrinha na cultura do milho

De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Goiás ocupa a terceira posição entre os maiores produtores de milho do Brasil. A estimativa para a safra 2024/2025 é de 12,7 milhões de toneladas, um aumento de 12,7% em relação à safra anterior. A área plantada também deve crescer, passando de 1,74 milhão de hectares para 1,88 milhão de hectares, o que representa um aumento de 8,1%.
A cigarrinha do milho transmite bactérias como o espiroplasma (Spiroplasma kunkelli) e o fitoplasma (Maize bushy stunt phytoplasma), que causam os enfezamentos pálido e vermelho. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), essas doenças têm sido uma das principais preocupações nas últimas safras, podendo afetar drasticamente a produtividade, com perdas que chegam a 100% em alguns casos, dependendo da época de infecção e da variedade de milho cultivada.
A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, explica que o controle da cigarrinha exige ações contínuas ao longo de todo o ciclo da cultura, pois conforme ela “nenhuma medida isolada é suficiente para evitar a propagação da cigarrinha e os enfezamentos, porém, a combinação de diferentes estratégias de manejo pode reduzir significativamente o impacto dessas pragas”.
Manejo da Cigarrinha do Milho

A Agrodefesa orienta os produtores sobre o manejo da cigarrinha ao longo de todo o ciclo produtivo. As práticas recomendadas incluem: na entressafra, eliminar as tigueras e manter a área livre de plantas daninhas; evitar semear o milho perto de lavouras antigas com alta incidência de enfezamentos; usar híbridos com maior resistência genética; utilizar sementes certificadas e tratá-las com inseticidas registrados.
Já no cultivo, deve-se monitorar a presença da cigarrinha entre a emergência e a oitava folha do milho; alternar os modos de ação de inseticidas para evitar resistência; garantir boa qualidade na colheita.
E após a colheita, transportar o milho de forma adequada para evitar perdas e realizar rotação de cultivos e evitar plantio sucessivo de gramíneas.