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Cultivar de arroz sob irrigação no Cerrado pode impulsionar oferta do Brasil

Produção de arroz em terras altas tem tido bons resultados em áreas de rotação de culturas irrigadas sob pivô central; BRS A502 é opção para aumentar abastecimento interno do país.

Por Janaina Honorato
Publicado em 07/03/2024 às 18:02
Arroz de terras altas é usado em rotação de culturas irrigadas sob pivô central no Cerrado.

Arroz de terras altas é usado em rotação de culturas irrigadas sob pivô central no Cerrado. Foto: Sebastião Araújo/Embrapa Arroz e Feijão

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A cultivar de arroz de terras altas BRS A502 tem sido inserida em cultivo intensivo e integrado com outras culturas como soja, milho e feijão sob irrigação na Região do Cerrado. O material lançado em 2020, pela Embrapa Arroz e Feijão se mostra uma alternativa para impulsionar a oferta do grão produzido no Brasil.

Essa expansão do cereal para o centro do Brasil permite abastecer melhor o mercado nacional, que hoje é suprido pelas lavouras da Região Sul, onde se colhe 80% do arroz consumido pelos brasileiros.

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Grão é uma alternativa ao plantio de soja e milho durante a safra de verão e na safrinha.
Grão é uma alternativa ao plantio de soja e milho durante a safra de verão e na safrinha. Foto: Divulgação/Embrapa

Cultivar de arroz no Cerrado

O Brasil hoje produz em média de 10 milhões de toneladas em cada safra, mas consome quase tudo que colhe, sendo a balança apertada. Expandir a produção significa ainda possibilidade de exportação.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão em Goiás e um dos coordenadores do programa de melhoramento de plantas de arroz, Adriano Castro, a BRS A502 possui características que estão contribuindo para a sua inserção em rotação de culturas.

Os resultados da pesquisa trouxeram perspectivas diferentes para o cultivo no Cerrado do Brasil Central, nos últimos três anos. O cereal vem sendo incorporado a áreas de rotação de culturas irrigadas sob pivô central em propriedades localizadas em Unaí e Paracatu (MG), Cristalina, Rio Verde, Jataí, Santa Helena e Pires do Rio (GO); e no Distrito Federal (DF).

O grão é uma alternativa à soja e ao milho durante a safra de verão e em safrinha, antecedendo as lavouras de inverno, quando, comumente, há o plantio de feijão e trigo.

  • Agricultura: Produtividade de cultivar de arroz da Embrapa aumenta 175%, em Goiás

Resistência ao acamamento

Geralmente, em ambientes de cultivo integrado com solos corrigidos e de alta fertilidade, o arroz fica mais propenso a acamar – quando a planta deita no solo por causa do peso dos grãos. Contudo, a BRS A502 possui resistência ao acamamento, desde que tenha o manejo adequado da lavoura, que propicia sua introdução em áreas irrigadas sob pivô central.

Essa característica é fundamental para obter um produto de boa qualidade comercial e industrial. Segundo o pesquisador, a BRS A502 é uma uma das ferramentas para aprimorar a eficiência da produção e melhorar resultados financeiros, no lucro por hectare.

Cuidado com o solo

O engenheiro agrônomo e produtor rural, William Matté, cultivou a BRS A502 em Cristalina-GO, em sucessão de cultivos, que incluem soja, milho, feijão, trigo e girassol. Ele observa que o arroz de terras altas sob pivô central é uma opção para obter lucro pela soma total das atividades produtivas durante o ano e não apenas por um determinado cultivo ou safra.

Segundo ele, se o agricultor cuidar dos pilares químicos, físicos e biológicos do solo, dá para ter mais rentabilidade líquida por hectare, mostrando que o sistema com arroz é viável, que traz remuneração estável, permitindo não só produzir mais, mas também dar estabilidade de produção e participar de tempos diferentes do mercado.

Os benefícios da sucessão de culturas com a rotação entre mix de plantas de cobertura favorecem o solo, por exemplo, pela infiltração de água, ciclagem de nutrientes e diminuição da infestação de doenças.

Produção de arroz de terras altas no Brasil Central é opção para aumentar oferta brasileira.
Produção de arroz de terras altas no Brasil Central é opção para aumentar oferta brasileira. Foto: Divulgação/Embrapa

Perspectiva para indústrias

O corretor de comercialização de grãos, Garibaldi Devoti, explica que o arroz deixa em torno de 100 a 120 sacos por hectare para o produtor e permite fazer rotação e produzir palhada (plantio direto) para a cultura do feijão. O arroz quebra praticamente todos os ciclos de doenças de solo e, com isso, é obtida alta produtividade no feijão.

Sob a perspectiva da indústria, a BRS A502 é atrativa, permitindo obter boa qualidade de grãos, entregando para a indústria um grão de 68%, 69%, de inteiro com 74% de renda, o que é algo excelente no mercado. Ele acredita que a medida que a oferta desse arroz tiver com mais volume, será muito significativo para as indústrias do Centro-Oeste, onde está localizada a maior quantidade de pivô central.

Cerrado complementa abastecimento nacional de arroz

O arroz de terras altas produzido sob pivô central é encarado como uma alternativa complementar ao abastecimento interno do Brasil, podendo atuar como regulador de preços e fornecedor de matéria-prima para indústrias locais com redução do frete.

Também pode permitir a aproximação da produção e de localidades consumidoras, além de ajudar a constituir uma base de segurança alimentar à população. Veja o artigo “Arroz em sistemas sustentáveis sob pivô central”, de autoria de especialistas da Embrapa Arroz e Feijão.

  • Economia: Exportações de arroz caem 13% no Brasil em 2023; importações crescem
Tags: arrozBrasilBRS A502CerradocultivarEmbrapa Arroz e Feijãogrãosirrigaçãoofertarotação de culturasterras altas

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