Fim de ano será de volumes de chuva expressivos em grande parte do Brasil, que podem ultrapassar 70 milímetros (mm) até o Natal e maiores que 60 milímetros (mm) até o dia 3 de janeiro de 2024, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Isso deve acontecer por conta da formação de um canal de umidade, desde a Região Norte até áreas da Região Sudeste, além de áreas do Nordeste, parte do Centro-Oeste do país.
Previsão de chuva semana do Natal
Na semana do Natal, entre os dias 18 e 25 de dezembro deste ano, na Região Norte são previstas pancadas de chuvas com valores maiores que 50 mm no Amazonas, Acre, Rondônia, Pará, nordeste do Amapá, sul de Roraima e Tocantins, que podem vir acompanhadas de raios, rajadas de ventos e trovoadas. Nas demais áreas não se descartam pancadas de chuvas isoladas.
No Nordeste, a previsão é de chuvas em forma de pancadas em áreas do Maranhão, Piauí e Bahia que podem superar os 50 mm e vir acompanhadas de raios, rajadas de ventos e trovoadas. Não se descartam também chuvas isoladas com menores acumulados no início da semana, em áreas do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Já de 23 a 25 de dezembro, a previsão é de tempo seco e sem chuva, em grande parte da região.
Nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste são previstas chuvas intensas em praticamente todas as regiões que podem superar os 80 mm e vir acompanhadas de raios, rajadas de ventos e trovoadas. Em áreas de São Paulo, Rio de Janeiro e do Mato Grosso do Sul, há previsão de chuvas com menores acumulados.
E no Sul, uma massa de ar quente e úmida favorecerá instabilidades em forma de pancadas de chuva, principalmente, no início da semana. Os maiores acumulados podem ultrapassar os 50 mm na porção central da região.
Previsão de chuva semana do Ano Novo
Já na semana do Ano novo, a previsão para o Norte do país são de acumulados maiores que 60 mm no Amazonas, Acre, oeste de Roraima, Tocantins, centro-sul do Pará e centro-norte do Amapá. Nas demais áreas, a previsão é volumes inferiores a 20 mm.
Na Região Nordeste, há possibilidade de chuvas em forma de pancadas em que podem superar os 50 mm. Porém, no litoral, não se descartam chuvas isoladas com menores acumulados.
Na faixa do Centro-Oeste e Sudeste há previsão de pancadas de chuvas localmente fortes que devem ultrapassar 70 mm. E no Sul do país, a previsão é de acumulados de chuvas maiores que 60 mm no Paraná e Santa Catarina. Com previsão de menores acumulados no Rio Grande do Sul.
Agropecuária: previsão do tempo em janeiro e fevereiro
Região Norte
O Inmet prevê em seu Boletim Agroclimaológico, que em janeiro e fevereiro de 2024, na Região Norte, a previsão climática indica predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte da região, mas principalmente no Pará e Tocantins, por conta dos impactos que o El Niño pode causar. Chuvas acima da média, podem ocorrer em Roraima, Acre e sudoeste do Amazonas. A temperatura média do ar deverá prevalecer acima da climatologia em toda a região.
A previsão é de baixos níveis de umidade no solo no centro-norte do Pará, Amapá e nordeste do Amazonas em dezembro de 2023, mas com uma tendência de recuperação nos meses de janeiro e fevereiro de 2024. Já os maiores valores de armazenamento de água no solo se manterão na parte sul e oeste da região.
Região Nordeste
No mesmo período, a Região Nordeste deve registrar chuvas abaixo da média, mas principalmente no Maranhão, Piauí e no sertão pernambucano. Assim como na Região Norte, as condições de chuva previstas estão associadas ao El Niño, mas em meados de janeiro de 2024 a chuva poderá retornar em algumas localidades. A temperatura do ar, deve ser acima da média histórica.
Chuvas abaixo da média devem manter os níveis de água no solo baixos, agravando o déficit hídrico neste mês de dezembro de 2023 em grande parte da região, incluindo os estados nordestinos do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e oeste da Bahia). Entretanto, entre os meses de janeiro e fevereiro de 2024, há possibilidade do retorno das chuvas em áreas do oeste da Bahia, sul do Piauí e Maranhão poderá favorecer a recuperação da umidade no solo.
Região Centro-Oeste
No Centro-Oeste, em janeiro e fevereiro, a previsão indica chuvas mais regulares em grande parte da região, com tendência de precipitação abaixo da média histórica em áreas de Mato Grosso e norte de Goiás. As temperaturas devem ser acima da média nos próximos meses.
O retorno das chuvas na parte centro-sul da Região Centro-Oeste irá favorecer a elevação dos níveis de armazenamento hídrico no período, favorecendo a semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra nas principais regiões produtoras. No entanto, menores níveis de umidade no solo ainda são previstos para sudoeste de Mato Grosso e noroeste do Mato Grosso do Sul.
Região Sudeste
No Sudeste, há possibilidade de chuvas mais regulares em grande parte do seu território, entre janeiro e fevereiro exceto nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, além do norte de Minas Gerais, onde as chuvas devem ser abaixo da média histórica. As temperaturas tendem a permanecer acima da média histórica nos próximos meses.
A previsão indica elevação dos níveis de água no solo, devido a regularidade das chuvas, com valores maiores que 70%, sendo favorável para a semeadura, desenvolvimento e manejo dos cultivos de primeira safra 2023/2024. Entretanto, em áreas do norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro, são previstos baixos valores de armazenamento de água no solo.
Região Sul
No Sul, é esperada maior probabilidade de chuvas acima da média, por conta dos impactos que o El Niño pode causar na região. As temperaturas do ar deverão prevalecer acima da média histórica em toda a região, exceto no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde poderão ser mais amenas com dias consecutivos com chuva.
Os volumes de chuva manterão os níveis de água no solo elevados, mas com menor probabilidade de gerar excedente hídrico em algumas localidades nos próximos meses. A diminuição do volume em relação aos meses anteriores pode favorecer a retomada da semeadura das culturas de primeira safra em regiões que encontram-se em atraso.
El Niño
O modelo de previsão de ENOS do APEC Climate Center (APCC), centro de pesquisa sediado na Coréia do Sul, indica que as condições de El Niño irão permanecer até o verão 2023/2024, com uma probabilidade superior a 90%.