Segundo levantamento da Emater/RS a produção de frutas e hortaliças serão impactadas com a as fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. Os dados apontam que os principais itens afetados serão rúcula, alface, repolho, cenoura, beterraba, mandioca, cebola e morango.
A umidade alta não só contribui para a disseminação de doenças, mas também afeta negativamente o crescimento das plantas. Como resultado, os agricultores lidam com desafios dobrados: custos mais altos e menor produtividade.
Nas áreas onde a colheita da mandioca está ocorrendo, o solo excessivamente encharcado tem levado ao apodrecimento das raízes. Um exemplo é Bagé, onde o volume de chuvas nos últimos dois meses excedeu os 500 milímetros.
A umidade do solo também está impactando negativamente as plantações de cebola. Em Caxias do Sul, os agricultores têm enfrentado dificuldades com a germinação e o surgimento das mudas recentemente plantadas. Como resultado, as projeções da Emater indicam uma redução na área a ser cultivada na safra 2024/2025.
- Medida provisória: Governo autoriza importação de arroz após enchentes no RS; veja medida
Preço das frutas e hortaliças
O clima chuvoso tem gerado problemas no plantio de hortaliças em Santa Rosa e Pelotas, enquanto em Soledade a oferta reduzida já está influenciando os preços para o consumidor.
Na Ceasa gaúcha, o tomate longa vida teve um aumento significativo de 36,84% em apenas uma semana, atingindo o valor de R$ 6,50 por quilo em 30 de abril. Além disso, a batata teve um aumento de 60% no mesmo período, sendo cotada a R$ 6,40 por quilo.
Na fruticultura, o plantio de morangos na região de Santa Rosa tem sido prejudicado pelo clima nublado e úmido, causando estiolamento excessivo das plantas e exigindo poda frequente. Além disso, há relatos de infestações de pulgões e lagartas desfolhadoras, requerendo medidas de controle por parte dos produtores.
Na citricultura, que está atualmente em fase de maturação, muitas plantas cítricas apresentam uma carga reduzida de frutos, que também estão menores devido ao excesso de chuva e granizo ocorrido em novembro. Além disso, há um aumento significativo no ataque de cochonilhas e ácaros, conforme detalhado no boletim da Emater.