Amor ou ódio, esta é a relação dos brasileiros com pequi, também chamado de piqui, considerado o ouro do cerrado. O fruto é muito utilizado na culinária goiana e, por isso, há quem goste de comê-lo puro ou adicioná-lo nas mais variadas receitas. O fato é que, neste ano, Goiás apresentou um aumento expressivo na extração e comercialização do pequi.
De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o pequi é a estrela do Agro em Dados de novembro de 2021. O boletim ainda traz o ranking dos municípios goianos que lideram a extração e comercialização do fruto.
Extração e comercialização do pequi em Goiás
Dados da Seapa apontam que a extração de pequi vem crescendo em território goiano desde 2018, quando foram extraídas 2,02 mil toneladas do fruto. Em 2019, o volume aumentou para 2,34 mil toneladas. Em 2020, subiu para 2,58 mil toneladas.
Desta forma, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado coloca Goiás como terceiro maior extrator entre os estados brasileiros e o Distrito Federal, atrás somente de Minas Gerais e do Tocantins. Já entre os municípios goianos, Damianópolis, Santa Terezinha de Goiás e Crixás ocupam a primeira, segunda e terceira posições, respectivamente.
Outro dado apontado é sobre a comercialização do fruto nas Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa), que aumentou 66,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 3,76 mil toneladas. Segundo a Ceasa, os valores negociados registraram salto ainda maior no intervalo: 103,1%, atingindo US$ 5,70 milhões.
Importância cultural e econômica do fruto
Segundo o titular da Seapa, Tiago Mendonça, os dados indicam a importância do fruto para o Estado de Goiás. “Este novo Agro em Dados indica que, apesar de ter uma grande importância econômica e cultural, sobretudo como complemento de renda para famílias das regiões Norte, Nordeste e Noroeste, há muito espaço para a cadeia do pequi crescer no Estado. Só o volume comercializado na Ceasa de Goiânia já supera a média de extração anual estimada pelo IBGE para Goiás”.
*Com informações da Seapa