A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) de Goiás iniciou o processo de implantação do Projeto de Fruticultura Irrigada do Vão do Paranã. O objetivo é incrementar a produção agrícola no Nordeste goiano, gerando emprego e renda.
Na primeira etapa serão beneficiados agricultores familiares dos municípios de Flores de Goiás, São João da D’Aliança e Formosa, que receberão com 150 kits de irrigação. Os equipamentos foram adquiridos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com investimento federal de R$ 9,3 milhões.
A primeira fase do projeto abrange 300 hectares e é abastecida por barragens nos rios Paraná e Ribeirão Porteira. A área deverá produzir 4,2 mil toneladas de maracujá e 6 mil toneladas de manga por ano, a partir do segundo e terceiro ano de plantio das safras, respectivamente.
Os agricultores estão sendo selecionados com base em critérios técnicos, incluindo disponibilidade de área e água e interesse em participar de treinamentos obrigatórios de manejo. Cada propriedade receberá um kit de irrigação para atender dois hectares de terra.
De acordo com o titular da Seapa, Tiago Mendonça, a iniciativa contribui para a geração de emprego e renda para famílias carentes, a democratização do acesso à água por meio de barragens nos rios Paraná e Ribeirão Porteira, o aumento e diversificação da produção agrícola no estado e o desenvolvimento tecnológico e econômico da região.
Capacitação para projeto de Fruticultura Irrigada
O Superintendente de Engenharia Agrícola e Desenvolvimento Social da Seapa, José Ricardo Caixeta Ramos, salienta que os agricultores familiares estão passando por capacitação nas áreas de cooperativismo, manejo e gestão. Além disso, o projeto ainda prevê a implantação de uma agroindústria para processar e comercializar a produção.
“Isso vai impulsionar a formação do polo e abrir oportunidade para incluir mais produtores. A região tem pelo menos 4,5 mil agricultores familiares distribuídos por 42 assentamentos”, afirma o superintendente.
Conforme previsto, os assentados também serão beneficiados com tecnologia de manejo e irrigação. “A fruticultura tem uma importância especial pela quantidade de mão-de-obra que emprega e pela capacidade de gerar retorno econômico e desenvolvimento social.”, afirma o pesquisador em Recursos Hídricos e Irrigação e chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Cerrados, Lineu Rodrigues.