O IPCA-15 de novembro manteve um ritmo mais moderado e voltou a refletir o impacto dos alimentos produzidos no campo, que contribuíram para frear a inflação no mês.
Após cinco quedas seguidas, esse conjunto de produtos registrou variação de -0,15%, com recuos expressivos em itens básicos como leite longa vida (-3,29%), arroz (-3,10%) e frutas (-1,60%). Já produtos como batata (11,47%), óleo de soja (4,29%) e carnes (0,68%) puxaram a ponta de alta dentro do grupo.
IPCA-15 de novembro

Mesmo com o resultado, o IPCA-15 considerado a prévia da inflação oficial, fechou novembro com avanço de 0,20%, um pouco acima do resultado de outubro (0,18%). No acumulado do ano, a alta chega a 4,15%, e no período de 12 meses, o índice desacelerou para 4,50%, abaixo dos 4,94% observados no mês anterior.
O setor de Transportes também influenciou a inflação do período, com alta de 0,22%. O maior impacto individual do mês veio das passagens aéreas, que subiram 11,87%, contribuindo com 0,08 ponto percentual do índice. Entre os combustíveis, o movimento foi de queda no etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e diesel (-0,07%) ficaram mais baratos, enquanto o gás veicular teve leve aumento (0,20%).
No grupo Habitação, a inflação perdeu força e marcou 0,09% em novembro. O principal alívio veio da energia elétrica, que recuou 0,38%, mesmo sob vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que adiciona custo extra para o consumidor. Reajustes regionais também influenciaram o resultado, com aumentos relevantes em Goiânia, Brasília e em parte do sistema de São Paulo.
Outros itens do grupo, como condomínio (0,38%) e aluguel residencial (0,37%), seguiram em alta. A taxa de água e esgoto variou 0,13%, impulsionada pelo reajuste em Fortaleza, enquanto o gás encanado praticamente ficou estável.
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Regiões pesquisadas

Entre as regiões pesquisadas, dez das onze áreas tiveram alta em novembro. Belém liderou com 0,67%, impulsionada pelas fortes aumentos em hospedagem (155,24%) e passagens aéreas (25,32%). Já Belo Horizonte registrou a única queda do mês (-0,05%), influenciada pelo recuo da gasolina e das frutas.
Os dados consideram preços coletados entre 14 de outubro e 13 de novembro de 2025, abrangendo famílias com renda de um a 40 salários mínimos nas principais regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia.







