O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (4) que pretende voltar a telefonar para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para tratar sobre as tarifas dos EUA, caso as negociações comerciais entre os dois países não avancem até o fim da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA).
O recado ocorre após o encontro entre os dois líderes, realizado em 26 de outubro, em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a 47ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Tarifas dos EUA

Na ocasião, a primeira conversa com o presidente dos Estados Unidos durou cerca de 50 minutos e teve como foco as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
Durante a reunião, Lula afirmou que não há motivo para desentendimentos entre os dois países e solicitou a Trump a suspensão imediata do aumento tarifário sobre os produtos brasileiros enquanto as negociações estiverem em andamento.
As medidas impostas pelo governo norte-americano foram anunciadas em julho, quando Trump determinou um tarifaço de 50% sobre todas as exportações brasileiras aos Estados Unidos. Além disso, ministros do governo e integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) tiveram vistos de viagem revogados e foram alvo de sanções adicionais impostas pela Casa Branca.
Entenda sobre o tarifaço

O impacto da tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros completa dois meses e revela quedas significativas e disseminadas entre os estados com pautas mais concentradas e forte presença de itens tarifados.
Com base na análise da IBRE-FGV, os estados mais afetados estão concentrados no Nordeste e em polos agrícolas e industriais estratégicos.
Considerando toda a pauta de exportação, os seis estados com maiores quedas percentuais foram: Mato Grosso (–81,0%), Tocantins (–74,3%), Alagoas (–71,3%), Piauí (–68,6%), Rio Grande do Norte (–65,0%) e Pernambuco (–64,8%).
Com informações da Agência Brasil
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