O manejo de plantas daninhas é um desafio na agricultura brasileira, principalmente agora durante a safra de verão. Esse conjunto de medidas busca prevenir e controlar a proliferação espécies invasoras que competem por nutrientes com as culturas agrícolas.
Pensando nisso, o curso presencial e gratuito de Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD) busca preparar agricultores do Paraná, a partir de 2025, terão acesso à capacitação que práticas eficientes e sustentáveis, que ajudam os produtores rurais a identificarem vegetações indesejadas na lavoura e a definir a melhor forma de combatê-las.
Curso de manejo de plantas daninhas exige monitoramento
Algumas formas de manejo de plantas daninhas são: o preparação do solo, a escolha de variedades de plantas às essas ervas, a densidade de plantio, a rotação de culturas, o uso de culturas de cobertura, o plantio direto e os herbicidas pré-emergentes.
Esse manejo que acontece em todas as fases de produção, evita perdas na produção e provoca a redução do uso de herbicidas, ou seja, menor custo para o produtor e é isso que a capacitação gratuita ofertada pelo Sistema FAEP aborda.
As técnicas podem ser aplicadas em grandes culturas, como soja, milho, trigo e feijão. O curso trabalha diretamente com o conceito de manejo integrado. Ou seja, a partir do monitoramento constante e periódico da lavoura, o agricultor define estratégias para lidar com problemas específicos.
No caso das plantas daninhas, o produtor escolhe que técnica adotar para combater as vegetações invasoras que, possa encontrar na cultura, garantindo uma condução da safra mais racional e técnica.
Conteúdo
Com carga horária de 44 horas, o curso “MIDP” se estende ao longo do ano agrícola, abrangendo duas culturas alternadamente (soja e milho, por exemplo), que podem variar de acordo com a localidade.
As aulas têm início na entressafra, para que os produtores possam acompanhar o desenvolvimento da primeira cultura, do pré-plantio à colheita. Em seguida, o cronograma se repete no segundo produto cultivado.
Cada turma será composta entre 12 e 16 produtores rurais. A capacitação é dividida em três fases. Nas épocas que antecedem os plantios, os agricultores terão aulas sobre os fundamentos do MIPD, que abrangem desde a identificação das plantas daninhas até as diferentes técnicas de controle e de combate.
Em seguida, a turma vai a campo, para fazer o monitoramento da lavoura, sempre em propriedades dos alunos. Por fim, após as colheitas, os grupos se reúnem para apresentação e análise dos resultados.
O curso coloca os produtores em contato com uma série de métodos de controle: solarização (que utiliza filme de polietileno para recobrir o solo, aumentando a temperatura e matando as plantas daninhas), eletricidade (que elimina a vegetação indesejada a partir de choques elétricos) e fogo (que corresponde à queima controlada das plantas).
Tida como um instrumento arcaico e associado a uma agricultura primitiva, a enxada pode e deve ser utilizada, quando a infestação por plantas daninhas ainda estiver no início e restrita a pequenas áreas. Ao lado da roçada, a capina manual é lista – da entre as técnicas eficazes de controle.
Além de outras técnicas, como os controles biológico e cultural, os produtores podem recorrer ao controle químico, que corresponde à aplicação de herbicidas, mas só recorrer aos agroquímicos quando for realmente necessário.
Custos com plantas daninhas
Além dos gastos com herbicidas, os produtores podem ter prejuízos diretos em razão do alastramento de plantas daninhas.
O complexo caruru ( Amaranthus ), por exemplo, podem causar perdas de produtividade superiores a 50%. No caso do capim-amargoso ( Digitaria insularis ), o prejuízo pode atingir 80%. A buva ( Conyza sumatrensis , Conyza bonariensis e Conyza canadenses ) tem potencial de causar perda de produtividade de 14%.
Dependendo da variedade, se ele tiver uma planta daninha por metro quadrado, pode perder 20% de sua área. Isso corresponde a 14 sacas por hectare.
Inscrições
Os agricultores do Paraná podem procurar o Sindicato Rural mais próximo do seu município, a partir de 2025, para demonstrar interesse de formar turma do curso ao mobilizador do Senar. Veja outros conteúdos sobre plantas daninhas no link.