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Plataforma mostra resistência de plantas daninhas a herbicidas

Serviço online e gratuito é oferecido pela Embrapa e empresa privada; ferramenta auxilia o produtor a planejar estratégias de controle das espécies invasoras.

Por Janaina Honorato
Publicado em 18/06/2023 às 15:32
Ferramenta auxilia o produtor a planejar estratégias de controle das espécies invasoras.

Ferramenta auxilia o produtor a planejar estratégias de controle das espécies invasoras. Foto: Divulgação/Embrapa Agrossilvipastoril

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Pesquisadores da Embrapa em parceria com a Bayer vêm monitorando plantas daninhas resistentes a herbicidas em Mato Grosso e oferecem os dados em uma plataforma online e gratuita aos produtores rurais.

Na ferramenta, o agricultor consegue verificar pontos onde foram coletadas sementes de biótipos com suspeita de resistência, as espécies e quais herbicidas usar, além do mecanismo de ação para controlar as plantas daninhas.

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Cientistas brasileiros desenvolveram uma embalagem inteligente que muda de cor à medida que o alimento se degrada. O projeto foi conduzido por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP), em colaboração com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois, em Chicago (EUA). A base da inovação são pigmentos naturais extraídos do repolho roxo. Embalagem inteligente A técnica utilizada, chamada de fiação por sopro em solução, permitiu a produção de mantas compostas por nanofibras com propriedades sensíveis à deterioração dos alimentos. Essa embalagem interativa reage quimicamente às substâncias emitidas pelo alimento em decomposição, alterando sua cor em tempo real. Em testes com filé de merluza, a manta apresentou excelente desempenho, mudando de roxo para azul conforme o peixe perdia a qualidade. Nos primeiros estágios, a embalagem mantinha a coloração roxa, indicando um produto ainda fresco. Após um dia, essa tonalidade começou a desbotar. Em 48 horas, surgiram tons azul-acinzentados, e, ao final de 72 horas, o azul predominante apontava para a deterioração completa do peixe, tudo isso sem a necessidade de abrir a embalagem. Segundo os especialistas da Embrapa, essas mantas de nanofibras funcionam como sensores visuais, capazes de indicar, com precisão, o frescor de peixes e frutos do mar. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda é preciso ampliar os testes para outras espécies e produtos alimentícios.  Eletrofiação A técnica de fiação por sopro em solução (SBS, do inglês Solution Blow Spinning), empregada no estudo, surgiu em 2009 a partir de uma parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Embrapa Instrumentação e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Diferentemente da eletrofiação, que é mais demorada, cara e limitada em termos de produção, a SBS forma nanofibras em até duas horas sem necessidade de altas voltagens. As nanofibras geradas têm dimensão inferior a um milésimo de milímetro e podem compor materiais semelhantes a tecidos. A pesquisa, supervisionada pelo cientista Luiz Henrique Capparelli Mattoso, também contou com participação da Universidade de Illinois. Durante o desenvolvimento, foram utilizados pigmentos conhecidos como antocianinas, substâncias naturais encontradas em vegetais, flores e frutas que apresentam cores variadas e reagem às mudanças de pH. Extraídas de resíduos de repolho roxo, as antocianinas demonstraram ser ótimos indicadores de deterioração. No total, mais de dez pigmentos vegetais foram testados. Ao serem integradas ao polímero biodegradável policaprolactona, as antocianinas mostraram excelente capacidade de detectar alterações químicas associadas à degradação do peixe. O pesquisador Josemar Gonçalves de Oliveira Filho, responsável pelo desenvolvimento da manta em seu pós-doutorado, destaca o potencial de ampliar o uso dessa tecnologia para outras embalagens alimentares. Segundo ele, embora haja registros de estudos com antocianinas em materiais inteligentes, seu uso em nanofibras ainda é pouco explorado.

Tecnologia brasileira cria embalagem inteligente que muda de cor ao detectar alimento estragado

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Ferramenta deve identificar áreas prioritárias para recuperação ambiental

Plataforma contra plantas daninhas

A ideia da plataforma é alertar os agricultores e garantir um manejo eficiente contra as plantas invasores.

“Ao verem que há resistência em sua região, eles podem planejar estratégias de controle, seja com a rotação de recrutamento e de controle de ação, com uso de herbicidas pré-emergentes, por exemplo, ou ainda com o manejo cultural usando plantas de cobertura ”, explica a pesquisadora da Embrapa Agrossilvipastoril, Fernanda Ikeda.

Plataforma é online e gratuita é oferecido pela Embrapa e empresa privada.
Plataforma é online e gratuita é oferecido pela Embrapa e empresa privada. Foto: Reprodução/Embrapa Agrossilvipastoril

Pesquisa com plantas daninhas

A identificação de plantas daninhas resistentes começa nas coletas em campo, em expedições realizadas às principais áreas agrícolas de Mato Grosso, onde são coletadas sementes de plantas com suspeita de resistência.

Os agricultores e técnicos também podem contribuir com a pesquisa, fazendo o envio de sementes que encontrarem e que são suspeitas de resistência a herbicidas.

A amostra deve ser preferencialmente de apenas uma planta, com maior número de sementes. Deve-se enviar também o histórico de aplicação de herbicidas na área e as coordenadas geográficas do ponto de coleta. O envio deve ser feito à Embrapa Agrossilvipastoril, aos cuidados de Fernanda Ikeda. O endereço é Rodovia MT 222, km 2,5, Zona Rural, Sinop (MT). Caixa postal 343. CEP 78.550-970.

Depois, as sementes são plantadas em vasos em casa de vegetação. No processo inicial de avaliação, elas são expostas às doses recomendadas dos herbicidas selecionados para os testes de cada espécie, na fase e condições ideais de aplicação. Aqueles indivíduos que sobreviveram ao controle são previamente classificados como resistentes. São esses dados que são lançados na plataforma.

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Resistência de plantas daninhas

Segundo os pesquisadores, nem todas as plantas que sobrevivem em áreas de lavoura são resistentes. Para chegar ao diagnóstico de resistência, é preciso avaliar se a característica é hereditária, ou seja, se ela passar para as gerações seguintes. Além disso, pode haver diferentes níveis de resistência, que são identificados em estudos de curva dose-resposta com uso de doses crescentes do herbicida e com repetições.

“Este já é um grande indicativo para o produtor. Ele consegue ver como está o cenário na região dele, se há pressão de seleção de resistência para algum produto ou mecanismo de ação e pode usar essas informações na tomada de decisão”, explica o pesquisador da Embrapa Algodão, Sidnei Cavalieri.

  • Pesquisa: Herbicidas pré-emergentes são mais eficazes no controle de plantas daninhas
Pesquisadores monitoram plantas daninhas como capim pé-de-galinha.
Pesquisadores monitoram plantas daninhas como capim pé-de-galinha. Foto: Divulgação

Resultados

Com as coletas de sementes em Mato Grosso em 2018, 2019 e 2021, foram identificadas três espécies de maior impacto econômico: capim pé-de-galinha (Eleusine indica), capim-amargoso (Digitaria insularis) e buva (Conyza spp).

Foram avaliados 196 biótipos de capim pé-de-galinha, sendo 24% classificados como característicos a todos os herbicidas, 54% como resistentes a um ou mais inibidores da ACCase (clethodim, fenoxaprop-p-ethyl e haloxyfop – p -methyl ), 5% resistentes ao glyphosate (inibidor da EPSPs) e cerca de 17% com resistência a um ou mais inibidores da ACCase e ao glyphosate.

Para o capim-amargoso foram avaliados 116 biótipos. Cerca de 69% foram classificados como tolerantes a todos os herbicidas, 22% resistentes ao glyphosate e 8% com resistência a um ou mais inibidores da ACCase (a maior parte classificada como resistente ao haloxyfop) e ao glyphosate.

Da buva foram avaliados 19 biótipos, 21% a todos os herbicidas testados (2,4-D, chlorimuron-ethyl, diquat, amônio-glufosinato, glyphosate e saflufenacil), 42% resistentes ao glyphosate e 37% com resistência ao chlorimuron e um ou dois dos herbicidas avaliados (2,4-D, glyphosate, glufosinato de amônio). Não foi encontrado nenhum biótipo com resistência a diquat e saflufenacil.

  • Tecnologia: Startup de inteligência artificial identifica plantas daninhas
Tags: Enbrapaherbicidasplantas daninhasplataformaresistência

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