O mercado do feijão carioca e preto seguiram em queda ao longo de novembro, em meio a um mercado pouco aquecido e com compradores focados apenas na reposição imediata de estoques, conforme levantamento do indicador CNA/Cepea.
O avanço da colheita em regiões importantes reforçou a oferta e ampliou a pressão sobre as cotações.
Mercado do feijão carioca e preto

No caso do feijão carioca, a entrada de novos lotes no Sudoeste Paulista intensificou o recuo, especialmente entre os grãos de melhor qualidade.
Já os produtos classificados entre notas 8,0 e 8,5 registraram comportamento mais misto, a maior parte das praças acompanhou o movimento de baixa, mas algumas regiões sustentaram valores devido à oferta mais enxuta.
O feijão preto também apresentou perdas consistentes ao longo do mês, influenciado pela liberação de estoques e pela aproximação da nova safra. Em novembro, a média nacional acumulou queda próxima de 7% frente a outubro, segundo o Cepea.
Entre os cariocas de nota 9 ou superior, a procura ficou concentrada nos lotes recém-colhidos de São Paulo, mas restrita à reposição. A dificuldade da indústria em repassar preços ao atacado e ao varejo reduziu o ímpeto de compra, mantendo o mercado sob pressão. Entre 21 e 28 de novembro, Itapeva (SP) registrou recuo de 4,06%, enquanto Goiás e Minas Gerais também apresentaram desvalorizações, embora menos expressivas.

No mercado do feijão preto tipo 1, o cenário também foi de retração. As quedas acumuladas em novembro superaram 6%, mantendo a média do mês abaixo da observada em outubro.
Em Curitiba, os preços caíram 2,4%, enquanto na Metade Sul do Paraná o recuo foi de 0,7%. Em São Paulo, as cotações também diminuíram, influenciadas pela oferta local e pelo ritmo lento de reposição.







