Durante as comemorações do Dia do Cerrado, nesta quinta-feira (11), em Goiânia, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) apresentou o primeiro Selo Sociobiodiversidade, criado para identificar e valorizar alimentos, artesanatos e produtos de bem-estar produzidos de forma sustentável e em harmonia com a cultura local.
A iniciativa busca ampliar o reconhecimento de itens que utilizam matérias-primas nativas do bioma e que, muitas vezes, permanecem fora do alcance dos consumidores.
Selo Sociobiodiversidade

Segundo o gerente de economia verde e circular da Semad, Ramon Trajano, a ausência de visibilidade limita oportunidades de mercado para esses produtos.
O selo foi lançado em três versões, cada uma voltada para um segmento específico, sendo o selo de alimentos que inclui frutas, castanhas, polpas, óleos, farinhas, temperos, bebidas e mel, em diferentes formas de processamento, desde que associados à biodiversidade do Cerrado.
Artesanato, que abrange peças culturais confeccionadas com matérias-primas vegetais do bioma, com possibilidade de reaproveitamento de resíduos e produção vinculada a povos tradicionais e agricultores familiares.

Por fim, o de bem-estar, que contempla itens medicinais, terapêuticos, cosméticos, aromáticos e de higiene, elaborados a partir de espécies nativas e em conformidade com saberes tradicionais e a legislação.
De acordo com Trajano, o selo representa para a sociedade o acesso a produtos alinhados à preservação ambiental e ao respeito às comunidades locais, enquanto para os produtores significa valorização, estímulo à inovação e abertura de novos mercados.