A safra brasileira 2025/2026 começa a ser desenhada em meio a um conjunto de fatores que podem influenciar decisões de plantio e comercialização.
Levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aponta que a redução da área de soja nos Estados Unidos pode impactar as escolhas dos produtores brasileiros na próxima temporada.
Safra brasileira 2025/2026

Enquanto isso, a colheita do milho segunda safra avança de forma mais lenta e a comercialização segue retraída. No setor da soja, a moratória foi suspensa pelo CADE por mandado de segurança, trazendo incertezas ao mercado.
No Centro-Sul, adversidades climáticas têm afetado a produtividade e a qualidade da cana-de-açúcar. Segundo o boletim da CNA, os preços do açúcar caíram 23% ao longo do ano, enquanto a produção de etanol anidro deve crescer 5,9%. A mecanização do plantio tem se intensificado diante da escassez de mão de obra.
Na pecuária, a valorização da carne bovina tem fortalecido a competitividade da carne de frango, e a sazonalidade do milho pressiona as margens da suinocultura independente.

Quanto ao clima, a expectativa é de chuvas mais precoces, o que favorece o plantio da nova safra de grãos. A probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña ultrapassa 50%, o que pode alterar padrões de precipitação e produtividade.
No comércio exterior, as exportações para os Estados Unidos registraram queda, e a CNA tem atuado em audiências no país norte-americano para defender o setor brasileiro contra acusações de práticas comerciais desleais.
No âmbito econômico, a liberação de recursos do Plano Safra 2025/26 segue mais lenta do que em safras anteriores, mas o setor agropecuário continua registrando resultados positivos, reafirmando sua importância para a economia nacional.