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Soja brasileira será testada na Coreia para fabricação de produtos alimentícios

Parceria visa identificar cultivares de soja convencional com genética da Embrapa desenvolvida para cultivo no Cerrado.

Por Arieny Alves
Publicado em 26/07/2024 às 08:55
Soja brasileira será testada na Coreia para fabricação de produtos alimentícios

objetivo da empresa coreana é buscar no Brasil cultivares de soja não-transgênica. Foto: Envato

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A soja brasileira será testada na Coreia do Sul para fabricação de produtos alimentícios após a Embrapa Cerrados e a Korea Agro-Trade Center São Paulo, empresa da Coreia, assinarem um memorando de entendimento para estabelecer uma parceria.

O objetivo da empresa coreana é buscar no Brasil cultivares de soja não-transgênica com bom desempenho para fabricação de produtos alimentícios, no qual é bastante consumidos na Ásia.

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Fabricação de produtos alimentícios

Soja brasileira
Com base na Young Jung, diretora da Korea Agro-Trade Center São Paulo, em seu país a soja é a segunda cultura alimentar mais importante. Foto: Envato

O principal produto é o tofu, um queijo vegetal feito a partir do leite de soja. Outros produtos de grande consumo naquele país é o missô, uma pasta fermentada de grãos, e bebidas que têm como base a oleaginosa.

“Neste primeiro momento, enviamos grãos de soja de cinco cultivares desenvolvidas pela Embrapa Cerrados para serem testados na Coreia do Sul. São materiais ricos em proteína, o que é importante para essas indústrias alimentícias. A partir de testes de processamento dos alimentos, podemos melhorar esses materiais até conseguirmos uma cultivar que atenda essa demanda”, explica Sebastião Pedro, chefe-geral da Embrapa Cerrados.

Ele completa ainda destacou que a parceria visa identificar cultivares de soja convencional com genética da Embrapa desenvolvida para cultivo no Cerrado que atendam os padrões de consumo da população sul-coreana”.

Com base na Young Jung, diretora da Korea Agro-Trade Center São Paulo, em seu país a soja é a segunda cultura alimentar mais importante, atrás apenas do arroz. Ao todo, mais de 80% da soja que consomem é proveniente dos Estados Unidos.

Atualmente, a Coreia do Sul importa 180 mil toneladas de soja convencional, sendo 60% usadas para produção de tofu. Com isso, a empresa de Jung atua em diversos países do mundo com exportação de alimentos para a Coreia do Sul.

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Importância da composição dos materiais

O acordo tem o apoio da Embaixada da República da Coreia no Brasil e ao saber da composição dos materiais selecionados pela Embrapa Cerrados, que contêm 42% de proteína, o adido comercial da Embaixada, Kong Sung Ho, demonstrou grande satisfação pela boa proporção de proteína, principalmente para a produção de tofu.

Apesar disso, Sebastião Pedro, que também é pesquisador com atuação em melhoramento genético de soja, explica que a quantidade de proteína pode se alterar de acordo com o local onde é produzida a soja e ainda pelas condições climáticas. Ele ainda ressalta que a Coreia do Sul é um importante cliente para o Brasil.

“Essa aproximação, por meio do memorando de entendimento, permitirá que possamos entender qual é a real necessidade quanto ao tipo de qualidade de soja que o país precisa e vamos atender à medida em que entendermos essa necessidade”, ressalta.

Soja

Soja
Por se tratar de uma soja convencional, os materiais da Embrapa passarão por inspeções de segurança, para aferir se as amostras não contêm grãos transgênicos, e só depois seguirão para os testes de processamento. Foto: Envato

Na maioria das propriedades agrícolas, a soja é uma commodity, negociada por peso, e não por sua qualidade. Dentro dessa realidade, a soja para o consumo humano é um nicho de mercado.

Por se tratar de cultivares convencionais, elas precisam ser produzidas em áreas separadas dos cultivos transgênicos, para não haver contaminação. Após a colheita, os grãos também precisam ser armazenados e transportados separadamente.

“É muito trabalhosa a logística da soja convencional. O cuidado já começa com a semente, que tem ser pura, não contaminada. Dentro do mercado de soja não-transgênica, a soja especial para produção de tofu é outro nicho, ainda mais específico. O grão tem que ser produzido para atender essa destinação, que tem como clientes países asiáticos, como Coreia e Japão, que estão dispostos a pagar o custo adicional por essa logística diferenciada”, explica o chefe-geral.

Jung alerta ainda que por se tratar de uma soja convencional, os materiais da Embrapa passarão por inspeções de segurança, para aferir se as amostras não contêm grãos transgênicos, e só depois seguirão para os testes de processamento.

Sebastião Pedro também destaca que por se tratar de um nicho de mercado especial, é importante que seja feito o acompanhamento da cadeia, garantindo que sejam aplicadas as boas práticas agrícolas, visando a sustentabilidade da produção e a segurança para o consumo humano.

“Primeiro, vamos identificar uma soja que seja ideal para o mercado sul-coreano e depois vamos organizar a produção no Brasil com certificação de origem para garantir a qualidade do nosso produto”, conclui.

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Tags: Agriculturaembrapaprodutos alimentíciossoja brasileira

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