O vazio sanitário do algodão começa nesta segunda-feira (10) e segue até o dia 20 de janeiro de 2026 na Região 4 de Goiás, conforme informou a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).
A medida é obrigatória e está prevista na Instrução Normativa nº 05/2025, alinhada ao Programa Nacional de Controle do Bicudo-do-Algodoeiro (PNCB), que combate a principal praga da cotonicultura brasileira.
Vazio sanitário do algodão
Durante o período, é proibida a presença de plantas de algodão, tanto cultivadas quanto voluntárias (tigueras ou guaxas), além de restos culturais e rebrotas que possam conter estruturas reprodutivas. O objetivo é interromper o ciclo de vida do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), inseto capaz de causar perdas de até 70% na lavoura em uma única safra.

De acordo com o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, os produtores da Região 4 devem redobrar a atenção, especialmente nas áreas de pecuária.
“Temos uma forte presença de rebanhos bovinos que utilizam o caroço de algodão na alimentação animal. Por isso, o vazio sanitário inclui cuidados com algodoeiras, confinamentos e empresas transportadoras, evitando quedas de produto e germinações indesejadas”, explicou.
Durante o período, fiscais estaduais agropecuários intensificarão as ações de fiscalização nas áreas produtoras, verificando a destruição dos restos culturais e o cumprimento das normas. A eliminação das soqueiras deve ser feita em até 15 dias após a colheita, respeitando o calendário definido para cada região.
Nas demais regiões do Estado, o vazio sanitário ocorre em diferentes períodos:
- Região 1, de 15 de setembro a 25 de novembro;
- Região 2, de 20 de setembro a 30 de novembro;
- Região 3, de 10 de setembro a 19 de novembro.
A semeadura começa em novembro para as Regiões 1 e 3, em dezembro para a Região 2 e apenas em 21 de janeiro de 2026 para a Região 4.
Cidades que integram a Região 4 em Goiás
- Adelândia, Alto Horizonte, Amaralina, Americano do Brasil, Amorinópolis, Anicuns, Araçu, Araguapaz, Aruanã;
- Barro Alto (abaixo de 500 metros de altitude), Bonópolis, Brazabrantes, Britânia, Buriti de Goiás;
- Campinorte, Campos Verdes, Carmo do Rio Verde, Caturaí, Ceres, Córrego do Ouro, Crixás;
- Damolândia, Diorama;
- Estrela do Norte;
- Faina, Fazenda Nova, Flores de Goiás (abaixo de 500 metros de altitude), Formoso;
- Goianésia, Goiás, Guaraíta, Guarinos;
- Heitoraí, Hidrolina;
- Inhumas, Ipiranga de Goiás, Iporá, Israelândia, Itaberaí, Itaguari, Itaguaru, Itapaci, Itapirapuã, Itapuranga, Itauçu, Ivolândia;
- Jaraguá, Jaupaci, Jesúpolis, Jussara;
- Mara Rosa, Matrinchã, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Montividiu do Norte, Morro Agudo de Goiás, Mossâmedes, Mozarlândia, Mundo Novo, Mutunópolis;
- Niquelândia (abaixo de 500 metros de altitude), Nova América, Nova Crixás, Nova Glória, Nova Iguaçu de Goiás, Nova Veneza, Novo Brasil, Novo Planalto;
- Ouro Verde;
- Petrolina de Goiás, Pilar de Goiás, Porangatu;
- Rialma, Rianápolis, Rubiataba;
- Sanclerlândia, Santa Fé de Goiás, Santa Izabel, Santa Rita do Novo Destino, Santa Rosa de Goiás, Santa Teresinha de Goiás, Santa Tereza de Goiás, São Francisco de Goiás, São Luiz do Norte, São Luiz dos Montes Belos, São Miguel do Araguaia, São Patrício, Simolândia (abaixo de 500 metros de altitude);
- Taquaral de Goiás, Teresina de Goiás (abaixo de 500 metros de altitude), Teresópolis de Goiás (abaixo de 500metros de altitude), Trombas;
- Uirapuru, Uruaçu e Uruana;
- Vila Boa (abaixo de 500 metros de altitude) e Vila Propício(abaixo de 500 metros de altitude).

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