A China e a Indonésia habilitaram frigoríficos brasileiros para exportação de proteína animal. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, nesta quarta-feira (18/1). O Brasil estava desde 2019 sem novas habilitações de plantas frigoríficas para o país asiático.
Agora, a habilitação foi feita para 11 plantas frigoríficas para a Indonésia e há possibilidade de derrubada da suspensão da exportação de três plantas para a China. No caso da Indonésia, todas as novas habilitações são para plantas bovinas. Já para a China, uma empresa é de abate de bovinos e duas de aves.
De acordo com o ministro, as plantas frigoríficas para a China incluem unidades da JBS em Goiás. “O humor favorável (internacional) ao Brasil voltou. Os bons ventos da economia mundial estão olhando diferente para o Brasil. Desde 2019, o Brasil não tinha uma habilitação de plantas para exportação de carne para a China”, declarou Fávaro após reunião com o presidente.
Além da habilitação para frigoríficos brasileiros, há abertura para mercado de exportação de algodão
O ministro também anunciou que o Brasil recebeu habilitação do Egito para a exportação de algodão. O mercado foi aberto pelo governo egípcio através do órgão oficial de Quarentena Vegetal. Essa é a primeira abertura registrada neste ano.
As negociações se estendem desde 2006 e foram intensificadas em 2020, resultando agora na abertura do mercado. O ministro ressalta que a decisão é fruto do reconhecimento da qualidade do produto brasileiro.
“Quem não quer comprar uma camisa ou um lençol com a qualidade do algodão egípcio? Se o Brasil vai exportar para o Egito, significa que tem qualidade, tem credibilidade e tem respeito. Ao receber essa habilitação para exportar para o Egito, recebemos a chancela de qualidade do algodão brasileiro para o mundo todo”, disse.
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Atualmente, o Egito importa cerca de 120 mil toneladas de algodão por ano, e os principais fornecedores são Grécia, Burkina Faso, Benin e Sudão. Com a nova decisão, o Brasil pode se beneficiar de uma janela de oportunidade entre julho e setembro, visto que as exportações gregas começam apenas em outubro.
Segundo cálculos do ministério, a estimativa é que o Brasil tenha, a princípio, potencial para atender de 20% a 25% das necessidades do Egito.