O Brasil assinou um acordo para elevar a participação de mulheres no setor exportador. País tornou-se o décimo a aderir ao Arranjo Global sobre Comércio e Gênero.
O documento foi assinado nessa segunda-feira (26/02) em Abru, Dubai, durante o evento paralelo à 13ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Participação de mulheres no setor exportador
No ano passado, foi publicado o estudo “Mulheres no Comércio Exterior – uma análise para o Brasil”, no qual segundo o levantamento, somente em 2019, 2,6 milhões dos empregos nas empresas que atuam no comércio exteriora brasileiro eram ocupados por mulheres, representado 32,5% dos empregos totais nessas firmas.
“Esses dados revelam haver ainda amplo potencial para que as mulheres se beneficiem do comércio exterior, seja como trabalhadoras ou empreendedoras. A adesão vai ao encontro de outras iniciativas como o objetivo de permitir que o comércio promova o empoderamento feminino e a equidade de gênero, por meio da elaboração de políticas públicas e da cooperação internacional”, enfatizou o Mdic e o Itamaraty.
Portanto, o arranjo global sobre Comércio e Gênero foi originalmente assinado em 2020 por Canadá, Chile e Nova Zelândia. Nos últimos anos, também aderiram ao compromisso, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Equador, México e Peru. Além disso, o governo chileno convidou o Brasil a aderir ao compromisso como parte da implementação do Acordo de Livre-Comércio Brasil-Chile, que está em vigor desde o ano de 2022.
De acordo com o Mdic e o Itamaraty, o tema “Mulheres no Comércio Internacional”, representa uma das prioridades da presidência brasileira do G20. A redução da desigualdade de gênero no comércio exterior também está sendo discutida no Grupo de Trabalho sobre Comércio e Investimentos das 20 maiores economias do planeta.