O cantor Leonardo teve seu nome de registro, Emival Eterno da Costa, incluído pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) na ‘Lista Suja’ do trabalho escravo, divulgada nesta segunda-feira (7).
No documento, aparece a Fazenda Talismã, de propriedade do cantor, que fica no município de Jussara, região Noroeste de Goiás, possui mil hectares e tem como atividade a pecuária de corte e criação de cavalos, sendo avaliada em R$ 60 milhões.
Fazenda do cantor Leonardo é incluída em lista de trabalho escravo
Segundo o relatório, no local foram encontrados seis trabalhadores rurais, incluindo um menor de 17 anos. Eles dormiam em uma casa dita como abandonada com camas improvisadas de pedaços de madeiras e embalagens vazias de defensivos agrícolas, sem água potável e banheiro.
A fiscalização foi realizada em novembro de 2023, mas a lista só foi divulgada agora em outubro deste ano, constatando que a fazenda de propriedade do cantor abrigava os trabalhadores em condições análogas às de escravidão, em local infestado por insetos e de odor forte.
Cantor Leonardo se pronuncia
Em suas redes sociais, na tarde desta segunda-feira (7), o cantor Leonardo se disse surpreso com o ocorrido e negou que tenha acontecido na Fazenda Talismã, mas o caso seria em outra fazenda dele, que está arrendada para plantio de grãos.
“Quero dizer pra vocês que em 2022, eu arrendei uma fazenda para que o arrendatário plantasse soja, milho, o que ele quisesse. Surgiu um funcionário nessa fazenda que eu arrendei, que eu não conheço, nunca vi falar. De repente eu fui visitado pelo Ministério Público do Trabalho, com todo respeito a vocês, foi muito bem recebidos na minha fazenda e foi lavrada uma multa pra mim que sou o proprietário da fazenda, mas não da Fazenda Talismã, da Fazenda Lakanka, que é onde eu arrendei pra ser plantada a soja”, afirma.
Ainda segundo o cantor, como ele é proprietário da fazenda arrendada em questão, o MTE multou o imóvel e que a multa já teria sido paga. Leonardo frisou que não compactua com trabalho escravo e que não tem ligação com o ocorrido, lembrando da sua trajetória como trabalhador rural em lavouras de tomate.
“Essa multa pra mim veio e a gente acertou tudo, inclusive já está arquivado, pagamos a multa. Não conheço quem estava lá naquelas casinhas, quem os colocou naquelas casinhas lá, porque gente eu já plantei tomate, eu sei como é que é a vida difícil lá, eu no meu coração eu jamais faria isso. O Brasil inteiro me conhece, sabe a pessoa que eu sou, da idoneidade que eu tenho. Eu não me misturo nessa lista aí, que eles fizeram de trabalho escravo. Eu sou totalmente contra esse tipo de coisa”, desabafou.
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