As exportações goianas cresceram 37,5% em volume e 62,6% em faturamento, de janeiro a outubro deste ano, quando comparadas ao mesmo período do ano passado. Em números, isso representa US$ 10,2 bilhões. Os dados são do Observatório da Agropecuária Brasileira.
Somente a soja repondeu sozinha por 69,6% deste total, com US$ 7,1 bilhões. O complexo das carnes vem logo em seguida, com faturamento de com US$ 1,7 bilhão.
Em terceiro lugar vem o grupo dos cereais, farinhas e preparações que é composto por milho, arroz, sorgo, massas, pães, waflles, farinha de milho, farinha de trigo, grumos e sêmolas de milho. Esta categoria registrou uma receita de US$ 576,4 milhões. Em volume, isso representa um aumento de 128,6% e 203,4% em faturamento, de janeiro a outubro deste ano.
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Principais destinos das exportações goianas
No segmento de cereais, farinhas e preparações, o principal cliente goiano foi o Japão, ampliando suas aquisições em 226,5%, totalizando US$ 147,7 milhões. O volume exportado para esse mercado teve um salto de 140,4% em relação aos dez primeiros meses de 2021, atingindo 543,9 mil toneladas.
O Irã foi outro importante destino do agro goiano com US$ 134,9 milhões em importações. Entre os dez maiores compradores do agronegócio de Goiás estão Egito, Vietnã, Taiwan, Espanha, Coreia do Sul, Portugal, Malásia e Arábia Saudita.
A categoria de fibras e produtos têxteis também tiveram uma evolução expressiva de 2021 a 2022. As exportações dos itens deste grupo aumentaram 136,7% em quantidade e 260,6% em faturamento, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Em números, a categoria teve resultado 79,2 mil toneladas em volume e US$ 178,9 milhões em faturamento. O maior importador deste grupo foi a China, com 53,1 toneladas a um custo de US$ 120,7 milhões.
De acordo com o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça, o produtor goiano tem aproveitado as boas oportunidades do mercado externo.
“Além de organização e profissionalismo, a produção goiana tem quantidade e qualidade. Isso atrai o cliente estrangeiro. Ele sabe vai receber o produto, e que o produto é bom. Nosso papel tem sido de apoiar esse produtor, oferecendo crédito, assistência técnica, legislação apropriada e infraestrutura para escoar o que ele produz”, destaca Mendonça.