O agronegócio brasileiro segue expandindo sua presença internacional com a conquista de nove novas aberturas de mercado em quatro países.
As negociações, concluídas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), reforçam o protagonismo do Brasil na exportação de produtos agropecuários.
Exportações do agronegócio brasileiro
Nos Estados Unidos, as autoridades aprovaram a exportação de alimentos para cães com origem vegetal. Somente entre janeiro e setembro de 2025, o Brasil exportou mais de US$ 9 bilhões em produtos agropecuários para o mercado norte-americano, evidenciando a força da parceria comercial entre os dois países.
No Irã, o Brasil obteve autorização para exportar sementes de abobrinha e de melancia. No mesmo período, as vendas brasileiras ao país ultrapassaram US$ 1,8 bilhão, com destaque para milho, soja e produtos do complexo sucroalcooleiro.
O país também avançou no Caribe, com Santa Lúcia abrindo suas portas para as exportações brasileiras de carne bovina, suína e de aves, além de seus derivados. As exportações do Brasil para os países da Comunidade do Caribe (CARICOM) somaram mais de US$ 216 milhões nos primeiros nove meses do ano.
Na América do Sul, o Uruguai autorizou a entrada de mudas de eucalipto, oliveira e plantas ora-pro-nóbis produzidas no Brasil. Entre janeiro e setembro, o comércio agropecuário entre os dois países movimentou mais de US$ 719 milhões, com destaque para proteína animal, produtos florestais, mate e fibras têxteis.
Com esses resultados, o Brasil chega a 453 novas aberturas de mercado desde o início de 2023, ampliando a diversidade e o alcance das exportações do setor.
Expansão também no mercado indiano

A comitiva do Mapa que visitou a Índia retornou ao Brasil com mais uma conquista: a autorização para exportar derivativos de ossos bovinos, chifres e cascos. Os certificados foram entregues durante reunião com a secretária-adjunta de Pecuária e Lácteos da Índia, Varsha Joshi, e representantes do governo brasileiro, incluindo o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira, e o adido agrícola em Nova Délhi, Ângelo de Queiroz Maurício.
“Essas aberturas demonstram que o Brasil tem capacidade de aproveitar integralmente o potencial dos nossos rebanhos, agregando valor a cada parte dos animais. A exportação desses produtos contribui diretamente para a competitividade das cadeias pecuárias brasileiras”, destacou Marcel.
Segundo o secretário-adjunto, esses itens atendem a diferentes segmentos da indústria alimentícia, química e farmacêutica, como a produção de gelatinas e pet food.
Além dos novos acordos, a missão também tratou do avanço das negociações para pet food, material genético avícola e produtos da reciclagem animal, ampliando as possibilidades comerciais entre os dois países.
Durante encontro com o secretário-adjunto de Agricultura e Bem-Estar dos Agricultores da Índia, Ajeet Kumar Sahu, as autoridades reforçaram o compromisso mútuo em fortalecer a cooperação agrícola e o fluxo comercial bilateral.
“O aumento da renda e do consumo na Índia tem impulsionado a demanda por pulses, proteínas e frutas. O Brasil tem potencial para ser um parceiro estratégico nessas áreas”, concluiu Marcel Moreira.
