Em abril de 2025, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio totalizaram US$ 15,03 bilhões, registrando um leve avanço de 0,4% em relação ao mesmo mês de 2024.
Com base nos dados do Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), esse desempenho é resultado da combinação entre a elevação dos preços internacionais e uma pequena redução nos volumes embarcados.
Exportações em produtos do agronegócio

A valorização de itens como café e celulose contribuiu para o bom desempenho do mês. A soja em grãos, principal produto exportado, teve embarque expressivo, com 15,27 milhões de toneladas, sendo o segundo maior volume da série histórica para o mês de abril.
No entanto, a queda de 9,7% no preço médio da tonelada limitou a receita, que somou US$ 5,9 bilhões. Apesar disso, outros produtos compensaram a retração, como o café verde, que atingiu um recorde histórico para abril com US$ 1,25 bilhão em exportações, impulsionado pela valorização do grão no mercado internacional.
A China permaneceu como principal destino das exportações do setor, com compras que somaram US$ 5,5 bilhões no mês, sendo mais de 75% desse valor oriundo da soja em grãos.
Em seguida, a União Europeia registrou US$ 2,2 bilhões, mantendo ritmo estável e ampliando a demanda por produtos com maior valor agregado, como café solúvel, óleo essencial de laranja e carne de frango.
Entre os destaques fora dos produtos tradicionais, alguns itens alcançaram desempenho recorde. O óleo de milho somou US$ 55,3 milhões em exportações, o maior valor já registrado.
Mercado marroquino

A madeira compensada teve embarque de 145,5 mil toneladas, também um recorde para abril. Já as miudezas bovinas, com forte demanda asiática e abertura recente do mercado marroquino, totalizaram 21,3 mil toneladas.
O sebo bovino alcançou 35,6 mil toneladas exportadas, e a venda de bovinos vivos para reprodução, com destino principal à Turquia, atingiu US$ 61,8 milhões, refletindo a valorização do material genético brasileiro.