A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou, nesta terça-feira (6/12), que as exportações brasileiras de carne suína, considerando produtos processados e in natura, apresentaram crescimento de 17,8% em novembro deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O volume exportado totalizou 93,4 mil toneladas, superando novembro passado, que registrou 79,3 mil toneladas. Em receita, a alta é ainda mais expressiva, com crescimento de 35,1%, totalizando US$ 230,5 milhões em novembro deste ano, contra US$ 170,6 milhões no ano passado.
Exportações brasileiras de carne suína anual
Apesar do crescimento em novembro, o acumulado do ano registrou queda de 2,8% no volume de exportações, chegando a 1,017 milhão de toneladas, contra 1,047 milhão de toneladas registrado entre janeiro e novembro de 2021.
Em relação a receita também houve queda. O resultado no ano chegou a US$ 2,319 bilhões, ou seja, 5,3% menor que o registrado no mesmo período do ano passado, com 95,7 US$ 2,449 bilhões.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, a média de exportações no segundo semestre deste ano já superou os patamares registrados no mesmo período de 2021, com 101,4 mil toneladas contra 95,7 mil toneladas, respectivamente.
“Em todo o histórico da suinocultura de exportação, não há um semestre com desempenho tão expressivo quanto o registrado neste final de ano. O mercado internacional está demandando produtos brasileiros.”, afirmou.
Santin ainda explica que o cenário permitiu que o setor recupera forças com o crescimento das exportações. “São divisas fundamentais para a indústria e o País, em um momento de recuperação econômica, tendo em vista que o setor ainda não superou os impactos das altas dos custos de produção”, avaliou.
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Destino
Levando em consideração apenas o mês de novembro, a China figura como principal destino das exportações brasileiras de carne suína, incrementando as compras em cerca de 95% em relação ao mesmo período de 2021, com 42,8 mil toneladas. Por outro lado, o Chile cai pela primeira vez para o segundo lugar nas exportações diretas do Brasil, com 7,7 mil toneladas (+53%).
O presidente da ABPA afirma que as expectativas estão positivas para o fechamento deste ano, esperando impactos ainda mais positivos com a abertura de mercado no México e Canadá, dois dos maiores importadores de carne suína do mundo.