As exportações de café no Brasil somaram 2,991 milhões de sacas de 60 kg em julho deste ano, primeiro mês da safra 2023/24, um crescimento de 18,7% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram embarcadas 2,521 milhões de sacas.
O volume alcançou uma receita de US$ 627,8 milhões, alta de 5,2% em comparação com o período de 2022, quando comercializou US$ 596,9 milhões, segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Exportações de café
Segundo o presidente da entidade, Márcio Ferreira, com os diferenciais competitivos do Brasil no mercado e oferta maior do produto, as exportações dos cafés canéforas (conilon + robusta) deram um salto de 245,4% no mês passado ante julho de 2022, para 505.153 sacas. É o melhor resultado dessa variedade para um único mês desde setembro de 2020.
De janeiro a julho de 2023, as remessas dessa variedade ao exterior apresentam um incremento de 33,7%, saindo de 944.076 sacas, entre janeiro e o final de julho de 2022, para 1,262 milhão de sacas.
“Vivemos uma janela de oportunidade aos cafés conilons e robustas brasileiros diante das elevadas cotações do mesmo produto, principalmente de Vietnã e Indonésia, que elevaram suas importações dos nossos cafés em 382,9% e 52,1%, respectivamente, no acumulado deste ano até julho. No curto prazo, as perspectivas para este agosto são positivas e os canéforas brasileiros devem seguir se consolidando”, projeta.
Embarques de cafés totais
Mesmo com a recuperação dos canéforas em julho, os embarques totais dos cafés do Brasil seguem negativos no acumulado do ano, em volume e receita, refletindo menor oferta do produto, após duas safras menores em 2021 e 2022, e o recuo dos preços no mercado internacional.
De janeiro ao fim de julho de 2023, o país remeteu 19,222 milhões de sacas, rendendo US$ 4,177 bilhões. Na comparação com o mesmo período no ano passado, a queda é de 14,7% em volume e de 20,5% em receita cambial.
Principais destinos
Em 2023, os Estados Unidos seguem como principais importadores dos cafés do Brasil, com a compra de 3,433 milhões de sacas, 26,5% a mais que no mesmo ciclo de 2022, o que representa 17,9% dos embarques totais brasileiros no intervalo.
A Alemanha, tem participação de 11,8%, adquirindo 2,270 milhões de sacas (-43,5%) e com o segundo lugar no ranking. Na sequência, vêm Itália, com a importação de 1,492 milhão de sacas (-18,5%); Japão, com 1,250 milhão de sacas (+26%); e Bélgica, com 1,068 milhão de sacas (-46,5%).
Tipos de café exportados
O café arábica permanece, tradicionalmente, como o mais exportado entre janeiro e o fim de julho deste ano, com volume equivalente a 15,726 milhões de sacas, correspondendo a 81,8% do total.
O segmento do solúvel teve o correspondente a 2,208 milhões de sacas embarcados no intervalo, com representatividade de 11,5%, seguido pela variedade canéfora, com 1,262 milhão de sacas (6,6%) e pelo produto torrado e torrado e moído, com 26.535 sacas (0,1%).
Os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis respondem por 16,3% das exportações totais brasileiras do produto em 2023, com o envio de 3,142 milhões de sacas ao exterior, mas apresenta queda de 19,8% na comparação com o registrado entre janeiro e julho do ano passado.
O relatório completo das exportações dos cafés do Brasil, até julho de 2023, está disponível no site do Cecafé.