As exportações de soja em grãos devem seguir elevadas no Brasil. O Boletim de expectativa de mercado divulgado na quinta-feira (7), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é que em 2023, os embarques da oleaginosa alcance mais de 100 milhões de toneladas.
A estimativa foi elevada de 98,06 milhões de toneladas para 100,03 milhões de toneladas. Já para os esmagamentos foi verificada uma redução de 350 mil toneladas, motivada por uma diminuição nas estimativas de exportações de farelo e óleo de soja.
Exportações do complexo soja em 2023
Há uma redução de esmagamento de 350 mil toneladas na safra 2022/2023, motivada por uma diminuição nas estimativas de exportações de farelo e óleo de soja. Com isso, os estoques finais de 2023 passam de 5,21 milhões de toneladas para 3,6 milhões de toneladas.
As projeções das exportações de farelo de soja foram reduzidas em 199 mil toneladas, segundo números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e da Conab. A produção de farelo de soja foi reduzida em 170 mil toneladas, e os estoques aumentados em 29 mil toneladas.
Para as exportações de óleo de soja, a Conab reduz a estimativa em 200 mil toneladas, passando de 2,6 milhões de toneladas para 2,4 milhões de toneladas. Há um pequeno ajuste nas importações de óleo de menos 12 mil toneladas, acompanhando os números atuais da Secex. Assim, a produção de óleo de soja é reduzida em 71 mil toneladas, com aumento de 110 mil toneladas nos estoques finais.
Estimativa exportações complexo soja safra 2023/2024
Já para 2024, com o ciclo 2023/2024, as exportações da oleaginosa estão estimadas em 101,59 milhões de toneladas, uma redução de 1,42 milhão de toneladas em relação ao último levantamento divulgado, influenciado pela atual estimativa do volume a ser colhido.
Há queda também para os esmagamentos, reduzidos em 1,05 milhão de toneladas, por conta da menor estimativa de venda no mercado interno de farelo de soja em 2024.
A produção de soja em grãos, para a safra 2023/24, é reduzida em 2,24 milhões de toneladas, passando de 162,42 milhões de toneladas para 160,18 milhões de toneladas. Essa redução é motivada por uma menor estimativa de produtividade, ocasionada pelos problemas climáticos ocorridas nos principais estados produtores do Brasil.
Os esmagamentos são reduzidos em 1,05 milhão de toneladas, por conta da queda de venda no mercado interno de farelo de soja em 2024. Com isso, os estoques de passagem devem finalizar o ano de 2024 em apenas 5 milhões de toneladas.
A estimativa de venda de farelo no mercado interno é reduzida em 1 milhão de toneladas, passando de 19 milhões de toneladas para 18 milhões de toneladas. Dessa forma, a produção de farelo é reduzida em 528 mil toneladas, e os estoques são aumentados em 501 mil toneladas.
As exportações de óleo de soja são reduzidas em 300 mil toneladas, motivadas pelo arrefecimento das exportações atuais e à expectativa de elevação de produção na Argentina. Por esse motivo, a produção de óleo de soja também é reduzida em 212 mil toneladas, e os estoques aumentados em 192 mil toneladas.