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Importações brasileiras de lácteos crescem 69% em 2023; número recorde em 23 anos

Compra de derivados de leite alcançaram 2,25 bilhões no ano; leite em pó foi o mais adquirido; Argentina e Uruguai foram os principais fornecedores do Brasil.

Por Janaina Honorato
Publicado em 22/01/2024 às 17:43
Atualizado em 22/01/2024 às 17:53
Compra de derivados de leite alcançaram 2,25 bilhões no ano.

Compra de derivados de leite alcançaram 2,25 bilhões no ano. Foto: Divulgação/Milk Point

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As importações brasileiras de derivados lácteos seguem elevadas, alcançando 2,25 bilhões de litros em equivalente leite comprados no ano de 2023, expressivo aumento de 68,8% em relação a 2022, sendo este o maior resultado da série histórica iniciada em 2000.

Pelo terceiro mês consecutivo, o Brasil comprou mais desses produtos e fechou dezembro do ano passado com o maior volume desde setembro de 2016, chegando a 226,2 milhões de litros adquiridos, 10,46% a mais que em novembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), divulgados no Boletim do Leite de janeiro do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

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Leite em pó foi o mais adquirido.
Leite em pó foi o mais adquirido. Foto: Reprodução/Cepea

Importações brasileiras de lácteos

No acumulado do ano passado, o principal derivado lácteo adquirido pelo país foi o leite em pó, com forte avanço de 83,4% sobre o balanço de 2022. O leite modificado foi a única categoria com baixa na quantidade importada.

Em dezembro, o destaque também foi o leite em pó, com participação de 81,9% no total de produtos lácteos importados pelos brasileiros. Quanto aos queijos, o volume adquirido diminuiu 15,7% no comparativo mensal, mas ainda é 89% maior que o de dezembro de 2022. As compras da manteiga avançaram 40% entre novembro e dezembro.

A maior parte do leite importado em 2023 era de origem argentina e uruguaia, países do Mercosul cujas operações são isentas da Tarifa Externa Comum (TEC). Foi o segundo ano seguido de alta na aquisição externa de lácteos, principalmente com origem nos dois países.

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a Argentina foi líder nas remessas ao Brasil, com 45,5% no total de produtos lácteos importados pelos brasileiros no ano passado, alta de 40% em relação ao ano anterior. De outro lado, as vendas de lácteos do Uruguai ao Brasil aumentaram 87,7% no período, com participação de 41,5%.

São Paulo foi quem mais importou lácteos em 2023 com 26,8% do total, um desembolso de 229 milhões de dólares, quantia 64,8% maior que em 2022. Santa Catarina ficou na segunda posição, somando 168 milhões de dólares, alta de 54,9% e participação de 19,7%.

  • Pecuária: Custo da pecuária de leite sobe; preço pago pelo produto cai 30% em um ano

Mercado

Algumas hipóteses do mercado, divulgadas pelo Portal Milk Point, indicam os motivos do aumento nas importações de lácteos em 2023:

  • Altas expectativas do setor sobre o cenário de crescimento econômico e demanda num novo governo Lula: O novo governo Lula, que normalmente toma medidas para a ativação da economia e do consumo, gerou expectativas de grande aumento de consumo no início deste ano. Os preços elevados dos lácteos na ponta final trataram de ‘jogar água fria’ no consumo no início de 2023.
  • Tempo entre contratar as importações e a chegada dos volumes ao mercado brasileiro: os traders e empresas importadoras mencionam de 45 dias a 2 meses entre fechar o negócio e os volumes efetivamente chegarem ao comprador. Nos últimos meses de 2023, este tempo pode ter sido até maior de quase de 3 meses, com maiores dificuldades de obtenção de LI’s (Licenças de Importação) e pela burocracia da entrada de produtos, num ambiente de mercado no qual produtores e muitas indústrias já começavam a reclamar contra os produtos importados.
  • Diferencial de preços do leite em pó industrial (LPI) entre o mercado brasileiro e o mercado internacional: pode ser o motivo que mais explica a alta de importações. A partir de março de 2022, o diferencial de preços do leite em pó industrial no mercado brasileiro e no mercado mundial cresceu muito, mesmo que os preços tenham se aproximado da média do Mercosul, o derivado em pó seguiu alto, estimulando aumento do volume importado.
Setor produtivo quer soluções para baixar importações.
Setor produtivo quer soluções para baixar importações. Foto: Divulgação

Soluções para cadeia leiteira

Uma das soluções propostas pelo setor produtivo em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é regular a importação, criando gatilhos e barreiras para que seu exagero não destrua as cadeias produtivas organizadas existentes no Brasil.

Além disso, uma política entre governos da União e dos Estados para estimular a produção e o consumo, com redução da tributação; empréstimos federais ao produtor, combate às fraudes, criação de mercado futuro para commodities lácteas, manutenção de medidas antidumping e consolidação da tarifa externa comum em 35% para leite em pó e queijo.

Outras medidas incluem aquisição subsidiada de tanques de resfriamento e outros equipamentos para pequenos e médios produtores; e o uso obrigatório de leite e derivados de origem nacional em programas sociais.

  • Dia Mundial do Queijo: Cursos ensinam produção que agrega valor ao leite
Tags: 2023BrasilCepeaImportaçõeslácteosLeiteleite em pómanteigaMilk PointqueijosSecexsoro de leite

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